Os deputados estaduais Kahlil Sehbe (PDT) e Paulo Brum (PSDB) serão indiciados por peculato, formação de quadrilha e uso de documentos falsos no inquérito que investiga a fraude que desviou R$ 3 milhões da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul para a compra irregular de selos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo superintendente regional, delegado Ildo Gasparetto, depois dos depoimentos prestados pelos parlamentares. A polícia sustenta que os dois deputados se aproveitaram do esquema operado pelo ex-diretor administrativo da Assembléia, Ubirajara Macalão, que adulterava notas fiscais para fazer a casa pagar selos que eram desviados para terceiros. Tanto Sehbe quanto Brum admitiram que compraram R$ 11 mil em selos da MR Entregas, franqueada dos Correios, por indicação de Macalão, durante a campanha eleitoral de 2006. Mas alegaram que não sabiam que os selos chegavam ao fornecedor por meios ilícitos e se disseram enganados pela ex-diretor da Assembléia, que tinham na conta de pessoa idônea.