PF indicia 101 investigados na Operação Xeque-Mate

Entre os indiciados está o irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá

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Por redacao
Atualização:

A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul pediu o indiciamento de 101 acusados de envolvimento com o esquema de jogos ilegais investigado pela Operação Xeque-Mate. Entre os indiciados, segundo informações da Polícia Federal, estão o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que não chegou a ser preso. Há ainda outros 16 acusados que não tiveram mandado de prisão decretado durante as investigações. Entre os indiciados que foram presos estão Nilton Servo, considerado o chefe do esquema, e Dario Morelli Filho, compadre do presidente da República. A PF encaminhou na última quarta-feira, 13, o inquérito à Justiça Federal em Campo Grande, que o repassou ao Ministério Público Federal, em Mato Grosso do Sul. Segundo a assessoria de imprensa do MPF, os três procuradores que atuam no caso devem apreciar o documento, para decidir se oferecem denúncia contra os indiciados ou se pedem novas diligências sobre o caso. O prazo para que o ministério ofereça denúncia contra acusados presos é de cinco dias e para os que já conseguiram liberdade é de 15 dias. Entretanto, se os procuradores acharem que faltaram provas, o inquérito volta para a Polícia Federal, que fará novas diligências. Nesse caso, esse prazo para oferecer denúncia só passa a valer depois que o inquérito voltar para o MP. A Operação Xeque-Mate da Polícia Federal investiga o tráfico de drogas e o contrabando de componentes eletrônicos para utilização em máquinas caça-níqueis. Os investigados são acusados de praticar crimes como corrupção, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio. Ainda estão presos pela Polícia Federal, 23 acusados. No início da operação, deflagrada no último dia 4, a Polícia Federal tinha 85 mandados de prisão, sendo que 80 acusados foram presos e cinco ainda continuam foragidos.

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