PF garante que decisão do STF será cumprida na Raposa

Polícia mantém em sigilo estratégias e efetivo utilizados para garantir a segurança na área da reserva indígena

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Por Agência Brasil
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Responsável por um esquema especial de patrulhamento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, desde abril deste ano, a Polícia Federal mantém em sigilo as estratégias e o efetivo utilizados para garantir a segurança na área de 1,7 milhão de hectares. Mas garante que estará preparada para fazer valer qualquer que seja a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que retoma nesta quarta-feira, 10, o julgamento em que decidirá sobre a permanência de produtores de arroz e agricultores brancos em parte da reserva. Veja também: Leia a íntegra do voto do ministro Menezes Direito Blog da Raposa - acompanhe o julgamento no STF  A disputa pela Raposa Serra do Sol  Decisão da Raposa servirá a outros casos, diz Mendes Decisão do STF sobre Raposa afetará outras áreas, diz Funai Entenda a sessão do STF e veja como votaram os ministros em outras questões  Leia a íntegra do voto do relator, a favor da demarcação contínua  "Temos que esperar a decisão do STF para então adequar um plano de cumprimento da medida. Aparentemente, está tudo tranqüilo. O pessoal continua fazendo as rondas e patrulhas nas vilas e estradas. Nós estamos lá para manter a ordem" , afirmou à Agência Brasil o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca. Especula-se que o contingente de policiais envolvidos na vigília da terra indígena esteja entre 300 e 500 homens, incluídos agentes da Força Nacional de Segurança. A troca de ameaças de agressão entre o produtor de arroz Paulo César Quartiero e lideranças indígenas nos últimos dias preocupam, mas são vistas com ressalvas pelo superintendente da PF. "Vejo mais como provocação, tentativa de acirrar os ânimos, e não se deve aceitar isso. O que interessa é a decisão que será dada pelo Supremo, que se fará cumprir, e acabou", defendeu Fonseca. Em abril e maio últimos, Quartiero foi preso pela Polícia Federal duas vezes - a primeira, por desacato, e a segunda, por porte ilegal de arma, depois que funcionários de sua propriedade balearam índios que construíam malocas nos limites da fazenda. O produtor conseguiu a liberdade por meio de liminar.

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