PF faz operação para reprimir crimes em terras indígenas

30 mil hectares das terras Kayabi, Munduruku e Apiaká já foram devastados

Por Agencia Estado
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A Polícia Federal de Mato Grosso realiza nesta quinta-feira, 23, a Operação Kayabi, que tem como objetivo reprimir crimes ambientais como destruição de florestas de preservação permanente e extração ilegal de madeira, nas terras indígenas Kayabi, Munduruku e Apiacá. A operação ocorre em Mato Grosso e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe. Até o começo da tarde, 22 pessoas já haviam sido presas, só em Mato Grosso. Cerca de 100 policiais federais cumprem 34 mandados de busca e apreensão e de prisão, expedidos pela 1ª Vara Federal no Estado. Em Sergipe, a superintendência da Polícia Federal prendeu pela manhã o empresário D.M. (só foram divulgadas as iniciais), 42 anos, acusado de invasão de terras da União na reserva indígena Kayabi, no Mato Grosso. A prisão deste empresário também faz parte da operação. Desde que os índios receberam a concessão das terras, em 2002, aumentou o número de ações de grilagem, abertura de pastagens e extração ilícita de madeira. Até o momento, 30 mil hectares já foram desmatados. A investigação da PF sobre o caso teve início em dezembro de 2005, após a solicitação de abertura de inquérito policial por parte do Ministério Público Federal (MPF). A PF trabalhou em conjunto com o Ibama na obtenção de informações reais sobre a situação da área indígena. Os presos nesta operação serão indiciados pelos crimes de invasão com intenção de ocupar terras da União, destruição ou danificação de florestas de preservação permanente, operação não autorizada de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, e, em alguns casos por falsidade ideológica. Ampliada às 14h55

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