PF faz flagrante de tentativa de suborno na alfândega

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois empresários e dois despachantes aduaneiros foram autuados em flagrante, na noite de ontem, pela Polícia Federal, no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, acusados de tentativa de suborno. Para liberar 500 toneladas de mercadorias contrabandeadas, avaliadas em US$ 500 mil, os quatro ofereceram US$ 24 mil para os agentes federais, que se passaram por inspetores da Receita Federal. A oferta do dinheiro e a prisão em flagrante foram filmadas pelos policiais federais. A mercadoria, procedente de Miami, havia chegado ao aeroporto na semana passada. As notas fiscais apresentadas por uma empresa responsável pelo transporte - e que está sendo investigada - indicavam que se tratava de uma carga de brinquedos. Agentes da alfândega, entretanto, suspeitaram da carga e na abertura do contêiner comprovaram a fraude: não havia brinquedos,mas material de informática como computadores, notebooks, telas planas, aparelhos de som sofisticados, filmadoras, máquinas fotograficas digitais, impressoras, scaners e teclados. Segundo informações da Receita Federal, dois inspetores foram procurados na semana passada pelos despachantes aduaneiros Marco Auurélio Nogueira de Sá, de 53 anos, e Rogério Silva, de 33, que teriam proposto a liberação da mercadoria mediante o pagamento de US$ 24 mil. Os inspetores comunicaram aos agentes da Polícia Federal, no aeroporto, a oferta recebida e combinaram um flagrante. Marcaram o encontro para a entrega do dinheiro no começo da tarde de quarta-feira. Silva e Sá foram para a reunião acompanhados do empresário Marco Antonio Amanajas Pessoa, de 42 anos, e de Jayro Corrêa Leite Filho, de 26, que seriam os donos da carga ilegal. Os federais começaram a gravar a conversa desde o momento em que os quatro chegaram. Quando o dinheiro foi entregue, Sá, Leite, Pessoa e Silva receberam voz de prisão. Depois de autuados foram levados para o bairro de Higienópolis e recolhidos numa cela do prédio da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops). Os policiais federais continuam investigando o caso,pois acreditam que a empresa responsável pelo envio da carga para São Paulo esteja envolvida em outros despachos.

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