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PF decide interrogar Waldomiro no dia 3

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal marcou para o dia 3 de março o depoimento do ex-subsecretário de Assuntos Parlamentares da Presidência da República Waldomiro Diniz, acusado de ter cobrado propina do bicheiro Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante negociações para captação de recursos para campanhas eleitorais. Um dia antes do depoimento, Diniz será interrogado pelo Ministério Público Federal, mas em outro processo, onde também é suspeito de irregularidades quando era presidente da Loterj, a loteria do Rio de Janeiro. Todos os depoimentos serão em Brasília. Nenhum documento A PF pretendia ouvir Diniz na semana passada, mas até sexta-feira o delegado Antônio César Nunes não havia recebido nenhum documento do Ministério Público Federal do Rio, além das fitas gravadas por Cachoeira no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistcheck, em Brasília. Nunes viajou para a Bahia e só retorna na quarta-feira, quando recomeça as investigações que, praticamente, ainda estão na estaca zero. ?Apesar de procuradores da República terem tomado depoimentos desde o dia 7 de fevereiro, a PF não teve acesso?, informou um dos delegados ligados às apurações. Além de Diniz, a PF deverá ouvir os bicheiros Messias Antônio Ribeiro Neto e Carlos Roberto Martins, que confirmaram ao Ministério Público a ligação do ex-assessor palaciano com a contravenção, por meio de Carlinhos Cachoeira. Burocracia e lentidão Para alguns policiais, o inquérito já poderia ter avançado, mas a burocracia e a lentidão para se chegar aos papéis obtidos por procuradores fez com que a apuração atrasasse pelo menos uma semana. Além disso, a PF não recebeu ainda o material apreendido em Brasília em poder de Dinz e Messias Neto. Apesar de atuarem no mesmo caso, PF e Ministério Público Federal não estão trabalhando em conjunto. O delegado César Nunes conversa quase que diariamente com a procuradora da República, Andréia Araújo, mas o mesmo relacionamento não existe com os demais investigadores. Provavelmente por este motivo, Nunes deverá transferir a apuração para Brasília, onde a relação entre as duas instituições é considerada ?excelente? pela direção da PF.

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