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PF caça dono de distribuidora de combustível

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Por Agencia Estado
Atualização:

Equipes da Polícia Federal estão procurando, em São Paulo e na região de Campinas, o empresário Ari Natalino da Silva, dono da Petroforte, a terceira maior distribuidora de combustíveis para postos de gasolina do País. Ele teve sua ordem de prisão decretada hoje pela CPI do roubo de cargas, instalada hoje em Campinas, porque faltou na terceira convocação da comissão. O presidente da CPI, senador Romeu Tuma (PFL-SP) informou que já está trabalhando no pedido de prisão preventiva de Natalino. O pedido será encaminhado nesta sexta-feira ou segunda feira à Justiça Federal em São Paulo. ?Vamos fundamentar o pedido com base nos mais de 50 processos que tramitam contra Natalino e a Petroforte e nas investigações recentes, feitas pela CPI, que apontam para o envolvimento de Natalino em inúmeras operações criminosas?, argumentou Tuma. Natalino é acusado por operações de desvio de cargas roubadas, receptação, e adulteração de combustível, entre outras operações ilícitas. A CPI encaminha nesta sexta-feira ao Ministério Público ofício pedindo que seja escalado um promotor para acompanhar com exclusividade os processos que tramitam na Justiça em vários Estados do País contra Natalino. ?Ele sempre consegue escapar, com sucessivos relaxamentos de prisões preventivas ou simplesmente desacatando intimações para depor?, acusou Tuma. ?Queremos saber como ele consegue manter essa impunidade.? A CPI guarda a sete chaves uma mala com centenas de documentos que trariam provas do envolvimento da Petroforte com receptação de cargas roubadas de combustíveis e venda de gasolina adulterada. A reportagem apurou que a mala guarda documentos que os parlamentares chamam de "bombásticos": o resultado de investigações realizadas nos últimos três meses e que envolveriam a indústria de cigarros Itaba, também propriedade de Natalino e instalada no município de Jandira (SP) com falsificação de cigarros e selos de maços de cigarros de marcas famosas, que seriam distribuídas clandestinamente no comércio e para camelôs de vários Estados brasileiros. Segundo a CPI, a Petroforte movimentou R$ 1,8 bilhão de débitos e R$ 1,5 bilhão de créditos entre os anos de 1995 e 2000. Para a CPI, a movimentação é incompatível com informações prestadas pela empresa a Receita Federal. Natalino é o primeiro grande sonegador da lista da Receita Federal em São Paulo. Outras 13 pessoas ligadas a ele e que também não responderam hoje a convocação para depor na CPI movimentam uma rede de mais de 200 empresas de combustível, gás, medicamentos e outros ramos da indústria química. A Agência Estado apurou com exclusividade, no início deste ano, que a Petroforte está indiciada em processos que correm na região de São do Rio Preto (SP), por envolvimento com esquema de desvio de verbas de prefeituras em cidades do interior de São Paulo e outros cinco Estados brasileiros.

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