
24 de julho de 2009 | 09h41
Os áudios, ?bem como degravações correspondentes?, revelam diálogos de pessoas que ?à época das ligações eram contrárias aos interesses do Opportunity, nas disputas societárias em que o mesmo estava envolvido?. As gravações são relativas ao período entre 2000 e 2003. ?A denúncia do Ministério Público (MP) imputa a Rodrigo papel de figura secundária em um único crime, de gestão fraudulenta. O relatório me parece fantasioso?, reagiu o criminalista Alberto Zacharias Toron, advogado de Behring.
O relatório diz que a organização, ?liderada por Dantas, fez uso de uma série de outras ferramentas, dentre as quais a corrupção de agentes públicos, a utilização de lobistas e doleiros, a elaboração de dossiês contra seus inimigos e a tentativa de manipulação da Justiça?.
Na página 267, um destaque: ?Chama a atenção nos documentos a expressão ?contribuição para que um dos companheiros não fosse indiciado?, cujo valor R$ 900 mil seria feito em cash.? O relatório faz menção a uma anotação que teria sido encontrada em ?uma escrivaninha de trabalho no escritório particular de Dantas?. Diz a anotação: ?Campanha de Fernando à Presidência, R$ 3 milhões. Forma: cash.?
?''Cash'' não é expressão usualmente empregada por Dantas?, afirmou seu advogado, Andrei Schmidt. ?Dantas não reconhece como dele tal anotação. Ele recebia muitas informações de que autoridades vinham sendo corrompidas em benefício dos adversários do Opportunity na disputa societária pela tomada do controle da Brasil Telecom. As informações vinham principalmente da disputa judicial nos Estados Unidos. Os relatos eram por ele anotados para verificação. As anotações representam possíveis registros de corrupção que não era praticada pelo Opportunity, mas talvez por seus adversários.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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