17 de junho de 2010 | 09h05
A nova vertente da investigação surgiu no curso do inquérito que apura a eventual participação de Deborah Guerner, do Ministério Público do Distrito Federal, no escândalo que derrubou José Roberto Arruda do governo do DF.
Na casa da promotora, no Lago Sul de Brasília, os policiais acharam, dentro de um cofre enterrado no quintal, o equivalente a R$ 280 mil em notas de reais, dólares e euros. O dinheiro estava embalado a vácuo. Junto dos maços plastificados havia CDs e três discos rígidos de computador.
O cofre estava enterrado no jardim, a 40 centímetros da superfície, debaixo de uma mangueira. Em outro cofre, dentro da casa, foram encontrados mais dois discos rígidos. Os agentes também apreenderam centenas de páginas de documentos.
As buscas na residência de Deborah Guerner duraram o dia inteiro. Bem no meio da ação policial, foi preciso acionar uma ambulância do Samu: a promotora - que, em processo administrativo no Ministério Público, alega estar com problemas psicológicos - despiu-se na frente dos agentes. Ela teve de ser sedada.
Deborah Guerner passou a ser investigada após o delator do "mensalão do DEM", Durval Barbosa, acusá-la de receber propina para blindar Arruda em investigações do Ministério Público. A acusação de Barbosa se estende a Leonardo Bandarra, o procurador-geral do DF, de quem Deborah era braço direito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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