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PF age contra empresas suspeitas de lavar dinheiro no ES

Por Agencia Estado
Atualização:

A missão especial de combate ao crime organizado e à corrupção no Espírito Santo fez nesta sexta-feira uma megaoperação em empresas de factoring no Estado, suspeitas de lavar dinheiro do crime. Ao todo, 24 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, 16 deles nestas empresas que emprestam dinheiro a juros. O empresário Vilmar Pereira dos Santos, conhecido como Baiano, e o advogado Aldano Lemos foram detidos pela Polícia Federal. A operação contou com 140 agentes do Comando de Operações Táticas(COT) da Polícia Federal e do grupo de elite. Eles chegaram ao Espírito Santo por volta da meia-noite de quinta-feira, em um avião Hércules da Força Aérea Brasileira. A operação foi deflagrada às 5h30 desta sexta e comandada pelo chefe do COT, Daniel de Oliveira, pelo coordenador da missão especial de Brasília e diretor de Polícia Judiciária, Zulmar Barbosa Pimentel, e pelo coordenador da missão no Espírito Santo, José Maria Fonseca. Na empresa Telecred, pertencente a Vilmar Pereira dos Santos, a Polícia Federal apreendeu um cheque, no valor de R$ 2,5 mil, do coronel Walter Gomes Ferreira, militar acusado de ser o braço armado do crime organizado no Estado. Ferreira atualmente está preso em uma penitenciária do Acre. A Polícia Federal vai solicitar a quebra do sigilo bancário do empresário para comprovar sua ligação com Ferreira. Na empresa de Vilmar, a Polícia Federal apreendeu ainda computadores e caixas com documentos, que serão analisados pela Procuradoria da República no Espírito Santo. O advogado Aldano Lemos foi autuado por porte ilegal de armas. Ele estava com duas pistolas importadas, uma Glock 380, outra 635, além de um revólver calibre 38. Lemos é suspeito de ser o articulador de um esquema de agiotagem. Ele também representa pessoas que, segundo a Polícia Federal, estão ligadas ao crime organizado. Segundo a Polícia Federal, muitas pessoas que pegavam dinheiro emprestado nas empresas investigadas foram ameaçadas e algumas mortas, por não terem pago as dívidas.

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