PF acredita que portador da malária esteja em MG

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal suspeita que o andarilho argentino Frederico Warman não esteja mais no Estado do Rio. Em situação ilegal no País desde dezembro, Warman, suspeito de ser o responsável pela disseminação do protozoário causador da malária no RJ, estaria em Minas Gerais. Ele vende artesanato e esteve em Parati, cidade litorânea do sul fluminense, durante um mês, entre fevereiro e março. Lá, procurou o serviço de saúde, afirmando ter sido contaminado com malária na Venezuela, meses antes de chegar ao País. Warman estava na companhia de uma mulher, possivelmente outra portadora da doença. Desde o início do ano, foram registrados 14 casos de malária no Rio - nove importados e cinco autóctones (contraídos no local). Os cinco autóctones ocorreram em Parati. Em outra frente, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro tenta negociar com o Ministério da Saúde um aumento de R$ 670 mil em seu teto financeiro. Isso permitiria a contratação de 1.100 novos agentes sanitários para fazer o combate à dengue no restante do ano de 2002. Os novos agentes são importantes porque, na semana que vem, a secretaria deixa de contar com o reforço de dois mil homens da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e das Forças Armadas. A secretaria tem apenas 2.600 agentes para combater o Aedes aegypti, mas precisa de 3.700. A Secretaria estuda ainda o risco de que ocorra um surto de malária na cidade. A preocupação é com o crescimento populacional de uma espécie do Anopheles - o mosquito transmissor da malária - capaz de sobreviver em regiões próximas ao mar, o Anopheles acquasalis. As outras espécies sobrevivem apenas em áreas florestais. O acquasalis poderia trazer a doença para regiões mais habitadas.

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