PUBLICIDADE

PF aborda governador de RR após denúncia

Por LOIDE GOMES
Atualização:

O governador de Roraima, o candidato à reeleição pelo PSDB Anchieta Júnior, foi abordado pela Polícia Federal (PF) hoje quando chegava ao Palácio Senador Hélio Campos, sede do Executivo estadual. Com ânimos acirrados, os seguranças do governador e os agentes federais apontaram armas entre si. Porém, não houve disparos. A abordagem, segundo a corporação, ocorreu após denúncia de que os dois veículos nos quais estavam o governador e seus seguranças estariam transportando dinheiro para compra de votos. Os carros foram revistados, mas os agentes não encontraram indícios do dinheiro, segundo o superintendente da PF, Herbert Gasparini. Ele disse que a corporação desconhecia quem eram os ocupantes dos carros. "Ninguém sabia que o governador estava no carro, mesmo porque o veículo que foi abordado tem propaganda política. Ele foi tratado com toda deferência pelos agentes. Tudo foi filmado", disse. Anchieta Júnior minimizou o fato de ter sido parado sob a mira de armas. "Foi uma abordagem de rotina. Imparcial. A ação da PF sempre é feita com armas em punho e meus seguranças também portam armas e estão sempre alertas nestas situações", contou. Apesar disso, afirmou não ser "natural" um governador ser revistado desta forma pela PF". "Este é um processo eleitoral atípico. Nunca tínhamos visto uma ação com essa dimensão." Anchieta classificou a denúncia que motivou a ação de "infundada", criada pela oposição para "tumultuar e atrapalhar o processo eleitoral". "Esta foi a quarta vez que fui parado por agentes federais", acrescentou. Esta semana, sua mulher, Sheridan de Anchieta, também foi revistada pela PF. CalmaO deputado federal Márcio Junqueira (DEM), aliado do tucano, foi à sede da PF logo após o incidente para pedir mais calma durante as investigações. Em entrevista, ele disse que a ação foi "truculenta" e que vai impetrar com uma representação contra a PF junto ao Ministério da Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por ter sido "parcial". Ele foi vaiado por correligionários de Neudo Campos (PP), adversário de Anchieta. Houve tumulto e três pessoas foram detidas. Gasparini negou excessos. "A Polícia Federal faz abordagem armada, a não ser que seja uma atividade que não seja ostensiva. As pessoas ficam nervosas e até agressivas na atuação da PF." O superintendente disse ainda que não abriria inquérito uma vez que não encontrou dinheiro. Os detidos na confusão também foram liberados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.