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Pezão promete corte de R$ 1,5 bilhão no Rio

Sem dar detalhes, governador aproveita solenidade de posse de secretários para anunciar economia no orçamento e proíbe subordinados de 'gastar o que não tem'

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão Foto: Wilton Júnior/Rio de Janeiro

RIO - O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) voltou a prometer cortes no orçamento do Estado e sinalizou que pretende reduzir os gastos em R$ 1,5 bilhão neste ano. Na solenidade de posse dos secretários estaduais do Rio, nesta segunda-feira, 5, o governador afirmou ainda que pretende receber R$ 2,5 bilhões da dívida ativa do Estado. Aos novos subordinados, Pezão ainda proibiu "pirotecnia" com os recursos do governo.

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Na cerimônia de posse, na última quinta-feira, 1º, Pezão já havia dito que pretendia reduzir entre 20% e 25% o orçamento das secretarias com a revisão de contratos em vigor. Nesta segunda, ele afirmou que o detalhamento dos cortes de cada secretaria será divulgado nesta terça, 6. Segundo o governador, os secretários decidirão o que cortar. A decisão pode envolver gratificações por encargos especiais dos servidores, além de possíveis demissões de funcionários comissionados. Sobre a busca de R$ 2,5 bilhões, Pezão afirmou que vai negociar com as principais empresas devedoras para chegar a essa cifra. De acordo com Pezão, a dívida ativa do Estado atualmente é de R$ 64 bilhões.

Em discurso no Palácio Guanabara, sede do governo, Pezão prometeu não aumentar impostos e pediu entrosamento entre os secretários. "Não tem vaidade neste governo. Não tem supersecretário. Quero todos jogando no mesmo time. Não vou aumentar carga tributária, criar novos impostos. Se puder, diminuo. Este País vai avançar quando reduzir carga tributária. Ninguém suporta mais aumento de nada", discursou.

O governador deu outro recado aos subordinados. "Está proibido gastar o que não tem. Vamos gastar o que arrecadarmos. Não tem pirotecnia", disse.

Apesar do corte de gastos, Pezão prometeu manter investimentos em grandes obras como a extensão do Metrô na Barra da Tijuca e a Linha 3 do Metrô, entre Niterói e São Gonçalo, em parceria com o governo federal.

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