Rio - Em busca de mais saídas para a crise que abala as finanças estaduais, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou hoje que há a expectativa de que o governo federal anuncie medidas de apoio aos Estados. Pezão, que esteve com a presidente Dilma Rousseff (PT) na quinta-feira (11) e no sábado (13), disse que a petista está "sensibilizada" com a situação.
"Ela (Dilma) vai tomar uma série de medidas, deve convocar uma reunião de governadores talvez para essa semana, onde vão ser anunciadas medidas de apoio aos Estados", contou Pezão.
"Não é só um problema do Rio. Ela ficou de ver como pode nos ajudar. O ministro Nelson (Barbosa, da Fazenda) está com uma série de ideias de conversar com os Estados e as prefeituras, ele hoje já tem um diagnóstico do que está acontecendo com as finanças. Então eu acredito que venham medidas de ajuda aos Estados e municípios", acrescentou.
O governador do Rio afirmou que, diante de eventuais medidas, também haverá o "compromisso" de Estados e municípios em melhorar suas finanças de maneira estrutural. "Acho que vem aí um novo pacto, e o ministro Nelson está coordenando isso."
Por enquanto, os pedidos de governadores têm sido por liberação de novos créditos e por repactuação de dívidas, enumerou Pezão. O que sairá no pacote, no entanto, ainda é incerto.
Em paralelo, o Estado do Rio espera melhorar a situação de seus cofres com projetos para racionalizar a máquina pública. Pezão encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto para extinguir fundações em autarquias.
Os cálculos definitivos serão apresentados ao Legislativo estadual em até 15 dias, mas o governador adiantou que a economia pode chegar a R$ 500 milhões com corte de cargos, gratificações especiais e despesas com aluguéis, vigilância e combustível.
O governo do Rio também modificou o sistema de gratificações por cumprimento de metas nas áreas de educação e segurança. Para 2016, as metas serão mais duras, e os valores das bonificações, menores. O pagamento relativo em 2015, ainda não realizado, será feito de forma parcelada, segundo Pezão. "Estamos colocando a realidade nesse momento. O Estado perdeu quase 26% de sua arrecadação", disse.