Pezão assume governo do Rio e exalta realizações de Cabral

Novo governador promete investir em segurança e saúde, prioridades do antecessor, que renunciou ao mandato para disputar as eleições

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Por Redação
Atualização:

RIO - O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) tomou posse como governador do Rio nesta sexta-feira, 4, e afirmou que vai continuar o trabalho do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Na cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Pezão disse que seus principais desafios serão a política de segurança pública com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e a saúde.

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"Vou perseverar, dar continuidade ao trabalho do Sérgio Cabral e manter os investimentos em segurança pública, saneamento e inclusão digital. Os maiores desafios serão em segurança pública e saúde, mas estou com novas ideias e vou procurar parcerias com o governo federal e a prefeitura do Rio para viabilizá-las", afirmou. Cabral renunciou ao cargo para poder disputar uma vaga no Congresso nas eleições deste ano.

Em seu discurso de posse, Pezão exaltou os feitos de Cabral. Segundo o atual governador, em sete anos, o Orçamento passou de R$ 34 bilhões, em 2007, para R$ 84 bi, este ano.

"O Rio voltou a ter capacidade de investimento. Sabemos que tem muito para se fazer, mas ninguém pode negar que o governador Sérgio Cabral e nossa equipe fizeram muita coisa", disse. "O mandato tem que servir para melhorar a vida das pessoas que precisam do poder público", finalizou.

Além de diversos líderes partidários, participaram da cerimônia o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), o cardeal arcebispo do Rio, D. Orani Tempesta; a presidente do TJRJ, desembargadora Leila Mariano; o senador Francisco Dornelles (PP/RJ); o procurador-geral de Justiça, Marfran Martins Veiga; o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes Carvalho Jr. Cabral não esteve na posse e aguardava Pezão no Palácio Guanabara para uma cerimônia de transmissão de cargo de governador do Rio de Janeiro.

Como primeiro compromisso de governo, Pezão irá à Santa Casa de Misericórdia, no centro do Rio, nesta sexta, para tentar reabrir os 600 leitos da unidade hospitalar. A Santa Casa foi fechada pela vigilância sanitária em outubro do ano passado por falta de higiene e "chegou a perder a filantropia". "Não é admissível, em um Estado onde as pessoas passam por dificuldades, que o centro do Rio tenha 600 leitos ociosos. Quero somar forças para reabilitá-la até o fim do mês", disse, citando o slogan do governo Cabral "Somando Forças".

Manifestação a favor. Momentos antes da solenidade de transmissão de cargo, um grupo de moradores da Zona Norte estava concentrado nas proximidades do Palácio Guanabara. Eles disseram que fariam manifestação a favor do governo e exibiriam faixas de agradecimento pelas obras feitas por Cabral e Pezão na região.

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Havia também moradores do Complexo do Alemão, onde o programa de pacificação enfrentou reação de criminosos nos últimos meses. Apenas um manifestante quis se identificar, mas não disse se representava alguma comunidade ou instituição da sociedade civil. "Recebemos muitos benefícios do governo e viemos agradecer. Tem muita gente aqui que eu nem conheço. Somos voluntários", disse João Ricardo Alves.

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