O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende conversar ainda nesta semana com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e com os líderes do PT e do PMDB na Casa, Aloizio Mercadante e Renan Calheiros, para saber como ficará a montagem da CPI da Petrobras. O assunto foi discutido na reunião de coordenação nesta segunda-feira, 8, no Centro Cultural Banco do Brasil.
"A Petrobras está preparada para prestar os esclarecimentos que forem necessários e comparecerá para responder a todas as perguntas", afirmou o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que participou da reunião de coordenação. "O governo e a sociedade querem saber e a empresa já está se antecipando e colocando informações na internet", acrescentou Múcio, referindo-se ao blog da Petrobras.
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Segundo o ministro, o presidente quis saber a expectativa de instalação da comissão e a definição dos nomes para presidente e relator. "Os quadros estão parcialmente montados, há uma absoluta tranquilidade que as coisas vão transcorrer tranquilamente", disse o ministro.
José Múcio negou que o governo pretenda colocar panos quentes na relação entre PT e PMDB para a instalação da CPI. "Essa é uma CPI importantíssima, que vai se realizar a um ano das eleições e não conseguiremos fugir de que ela tem um tom político. O presidente (Lula) vai conversar com os dois (líderes) não para colocar panos quentes. É para obter informações e saber a estratégia deles na condução dos trabalhos. Falta apenas adequar a data, em função da quantidade de senadores que quiserem participar dessa comissão, considerada muito importante", afirmou.
Para o ministro, "o bom senso vai evitar pirotecnia dos dois lados". Segundo ele, a própria oposição não terá interesse em pirotecnia e o esclarecimento das investigações interessa também ao governo. "É a CPI da mais importante empresa do País e por isso todos desejam participar".
Ao ser indagado se o feriado desta semana pode dificultar a definição de nomes para compor a CPI, o ministro disse que a decisão cabe ao Senado. Temos de respeitar o que eles decidirem. É uma democracia", afirmou.