
13 de julho de 2011 | 08h38
O jornal revelou no domingo que a empresa soube com antecedência a relação de seus adversários na licitação e os procurou para negociar um acordo. Um diretor da Manchester reuniu-se por mais de três horas com uma concorrente, a Seebla Engenharia, em 30 de março, um dia antes da abertura das propostas.
A Petrobras confirmou que, na licitação, não revelou o orçamento estimado do contrato às sete empresas que participaram da disputa. "A estimativa não é divulgada em nenhum momento, pois poderia balizar outras licitações e ferir os interesses comerciais da companhia." Ou seja, o sigilo do orçamento, como quer o governo nas licitações da Copa do Mundo, não impede o conluio entre empresas. A relação de concorrentes vazou e houve reuniões antes da licitação da Petrobras para discutir valores - a estatal nega haver fraudes no processo e disse que nunca foi alertada a respeito, rebatendo informação da Seebla Engenharia.
Eunício afirmou que está afastado da gestão da empresa desde 1998 e que, por isso, não tem relação com as negociações da Manchester. O senador é dono de 50% da empresa, que doou R$ 400 mil à campanha dele em 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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