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Petrobras divulga lista de perguntas e respostas sobre P-34

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras divulgou nota hoje com 21 perguntas e respostas a respeito da plataforma P-34. A petroleira informa que a P-34 foi a plataforma pioneira na exploração de petróleo em alto mar e que está em operação há 24 anos. O navio, que serviu de base para a plataforma, foi construído pelo estaleiro Verolme, na Holanda. Em 1976 foi transformada em unidade de processamento pelos estaleiros Verolme e Ishibrás, no Brasil, ao custo de US$ 200 milhões. Abaixo, as perguntas e respostas preparadas pela Petrobras. A P-34 era um petroleiro? R.: Originalmente a P-34 era um navio-tanque, para transporte de petróleo, denominado Presidente Juscelino, sendo posteriormente rebatizado para Presidente Prudente de Moraes. Foi construído no estaleiro Verolme, na Holanda. Quando foi adaptado para um navio-plataforma? R.: Em 1976, foi transformado em unidade de processamento, para ser o primeiro Sistema Antecipado de Produção da Bacia de Campos, instalado no campo de Garoupa, em lâmina d´água de 100 metros. Após passar por diversas reformas, foi transformada, em 1996/97, em FPSO (Floating Production and Storage Offloading), ou seja, um navio com capacidade para processar e armazenar petróleo, e prover o seu escoamento para navios de transporte. Passou, então a ser denominado P-34. Qual foi a empresa responsável pelo projeto de adaptação para FPSO? R.: A adaptação foi feita no Brasil por um consórcio formado pelas Indústrias Verolme e Ishibras. Qual o custo em dólares da adaptação? R.: O custo de adaptação em 1996/97 foi de 200 milhões de dólares. A P-34 foi a primeira unidade da Petrobras a usar o modelo FPSO? R.: A P-34 foi a pioneira neste tipo de projeto na Petrobras. Há quanto tempo a P-34 operava como plataforma de produção? R.: Há 26 anos. A unidade sempre operou no campo de Barracuda-Caratinga ou já passou por outros campos? R.: A P-34 operou anteriormente nos campos de Garoupa, Badejo e Albacora, todos na Bacia de Campos. Quais as dimensões da P-34 e qual a lâmina d´água onde está instalada? R.: A unidade tem 240 metros de comprimento, 26 metros de largura, 18,4 metros de altura até o convés e pesa 60.000 toneladas. Está instalada em lâmina d´água de 840m. Quantos poços estão ligados à P-34? R.: Atualmente, há 10 poços ligados à P-34, sendo 8 poços do campo de Barracuda e 2 poços do campo de Caratinga. Qual é a profundidade desses poços a partir da lâmina d´água? R.: A cabeça dos poços ligados à P-34 está situada de 750 a 1.060 metros a partir do nível do mar. Os reservatórios de petróleo dos campos de Barracuda e Caratinga encontram-se a cerca de 2400 metros de profundidade a partir do nível do mar. O que motivou a ocorrência do acidente, que resultou no adernamento? R.: Ocorreu uma pane no sistema principal de geração de energia elétrica, seguida do adernamento da plataforma. Somente após uma investigação mais profunda, que será realizada pela Petrobras, poderemos identificar, com o rigor necessário, as causas do acidente. Qual é o prejuízo estimado com a parada de produção? Qual é o prejuízo diário calculado pela Petrobras com a parada de produção da P-34? R.: Com a interrupção temporária da produção dos campos de Barracuda e Caratinga (34.000 bpd de óleo e 195.000 m3/d de gás), a Petrobras reduziu em 2% a sua produção diária de petróleo no Brasil (1,5 milhões bpd). Na verdade, esse volume permanece no reservatório e será produzido quando do retorno da plataforma às condições normais de produção. Qual a quantidade de óleo e de gás que estava armazenada nos tanques no momento do acidente? R.: Estavam armazenados 12 mil m3 de óleo. A P-34 não armazena gás. O gás é escoado para a plataforma de Namorado 1, no campo de Namorado. Houve vazamento de óleo? R.: Não houve vazamento de óleo. Entretanto, a despeito do andamento positivo das operações de recuperação das condições normais de estabilidade da P-34, a Petrobras, por medida preventiva, lançou 1400m de barreiras de contenção no mar e mantém outros 1800m no convés de embarcações próximas à plataforma. Nas proximidades da P-34 existem ainda 22 embarcações destinadas exclusivamente às operações de caráter ambiental. Alguma companhia estrangeira foi contratada para o trabalho de estabilização da plataforma? Qual é o nome da empresa holandesa especializada que foi contratada? Os técnicos já chegaram? R: Diversas companhias brasileiras e estrangeiras, sob o comando da Petrobras, estão dando suporte às operações para retorno da P-34 às suas condições normais de operação. Foi contratada a empresa holandesa WijsMuller, especializada em salvamento, nome dado às operações de resgate de embarcações. Oito técnicos dessa empresa encontram-se em embarcações que estão operando na área da P-34. Quantos técnicos estão no local? R.: Mais de uma centena de técnicos da Petrobras e empresas contratadas estão no local da operação. Além desses, outra centena de técnicos da Petrobras está envolvida nas operações, distribuídos entre o Centro de Controle de Emergência em Macaé e o Centro de Suporte Técnico no Rio de Janeiro. Está prevista a construção de uma plataforma para entrar em operação onde hoje opera a P-34? R.: A P-34 faz parte do sistema piloto de produção dos campos de Barracuda e Caratinga e vem operando desde 1997. O sistema definitivo deverá entrar em produção a partir do final de 2003, por meio das plataformas P-43 e P-48. A plataforma possui caixa preta? R.: A P-34 possui um sistema de armazenamento de dados com função semelhante a uma caixa preta de aviões. Os dados da Estação Central de Operações e Supervisão da Plataforma P-34 (ECOS), oriundos de centenas de sensores espalhados pela plataforma, são armazenados em um disco rígido. O disco rígido foi desembarcado junto com a tripulação e fará parte do material a ser analisado futuramente pela comissão, a ser criada pela Petrobras, que irá investigar o acidente. Havia um sistema alternativo (manual) para fechar as válvulas, mesmo com a pane elétrica? R.: Sim. Além do sistema de controle eletrônico, há um sistema alternativo por acionamento hidráulico. Há algum indício do que pode ter ocorrido: falha humana na operação do sistema de lastro, falha de manutenção desses sistemas, fadiga de material? R: Ainda não é possível precisar as causas do ocorrido, esse será o trabalho da Comissão de Investigação da Petrobras. Havia recursos de salvatagem suficiente para a equipe a bordo da plataforma? R: A P-34 está autorizada a operar pelas autoridades competentes com lotação de até 80 pessoas. A capacidade de salvatagem da P-34 é de 192 pessoas, sendo 90 em cada bordo da plataforma e doze na proa. Os recursos de salvatagem compreendem baleeiras e balsas auto-infláveis. Em concordância com normas internacionais, o procedimento correto de abandono com balsas auto-infláveis contempla a entrada na água (com colete salva-vidas) e posterior acesso às balsas, de modo a não danificá-las. Toda a força de trabalho que atua nas plataformas marítimas recebe treinamento periódico sobre combate a incêndio e salvatagem, incluindo práticas de uso das baleeiras, salto na água equipado com colete salva-vidas e teoria sobre o uso das balsas auto-infláveis. Veja o especial sobre a P-34

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