PUBLICIDADE

Petistas negam chantagem

PUBLICIDADE

Por Rosa Costa e Ana Paula Scinocca
Atualização:

Primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC) atribuiu a crise na Casa e o "ambiente muito ruim" à insistência de Renan Calheiros (PMDB-AL) em se manter na presidência. Ele disse que, além da pauta paralisada, os senadores vivem uma "guerra interpessoal", com a suposição de que há dossiês contra eles. Segundo reportagem da revista Veja, para não cumprir o acordo com o governo para sair da presidência, Renan ameaçou chantagear senadores petistas. "Há um desalento muito grande nos partidos", avaliou Viana. "Isso tudo é ruim para Renan, é ruim para qualquer senador." Mas ele negou que exista um acordo para Renan deixar a presidência. "Não tenho ilusão de que existe um acordo pactuado para que ele se afaste." Sobre a ameaça de chantagem, Viana afirmou que nada tem a temer. "Nada vai me causar nenhum tipo de envolvimento emocional ou político porque não me sinto chantageado por vigarista nenhum", afirmou. Serys Slhessarenko (PT-MT) também negou ter votado a favor de Renan em agradecimento por sua ajuda para derrubar o processo de cassação contra ela, quando foi acusada de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. "Em nenhum momento eu pedi ou ele me ofereceu qualquer ajuda, fui absolvida no Conselho de Ética por unanimidade", rebateu. E Aloizio Mercadante (PT-SP) garantiu que sua abstenção na votação do processo contra Renan não foi uma retribuição por seu apoio quando foi acusado de contratar um dossiê contra tucanos na campanha eleitoral passada. "Nunca existiu ameaça e nem poderia , até porque o caso foi encerrado", disse o petista, por meio de sua assessoria.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.