BRASÍLIA - Petistas presentes à convenção nacional do PMDB, em Brasília, negaram, neste sábado, 12, a acusação de que uma equipe de inteligência da campanha de Dilma Rousseff à presidência da República teria investigado do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, chamou a acusação de "ridícula". "Eles estão inventando um novo tempo de verbo, o pretérito do futuro, de um suposto dossiê, de uma equipe que seria contratada", disse o presidente petista. "Do ponto de vista eleitoral, por que alguém iria investigar o Eduardo Jorge? Qual o efeito eleitoral disso?", ironizou.
"Isso não tem nada a ver com a nossa campanha. Tem que perguntar para quem fez", completou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza, disse que dossiê "não é um problema do PT, é um problema da Polícia Federal e do PSDB".
Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, uma equipe da campanha de Dilma Rousseff teria investigado dados fiscais e financeiros sigilosos de Eduardo Jorge. Segundo a reportagem, o grupo obteve documentos de uma série de três depósitos na conta de EJ no valor de R$ 3,9 milhões, além de outras informações de seu Imposto de Renda.