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Petistas esclarecem voto contrário ao mínimo do governo

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco deputados do PT estão divulgando no plenário da Câmara uma declaração justificando o voto que darão na sessão a favor de um valor maior para o salário mínimo, contrariando a orientação do governo e da bancada petista de aprovar o mínimo de R$ 260. A nota afirma que o grupo vai votar a favor da proposta apresentada pela oposição de um mínimo de R$ 275 reais ?com a serenidade de quem acredita que esse pequeno aumento ajuda na sobrevivência de 44 milhões e 600 mil trabalhadores e é um modesto passo para a distribuição de renda no nosso país?. O grupo diz ainda que votará a favor do destaque que estabelece um mínimo de R$ 280, de acordo com a emenda apresentada pela deputada Dr. Clair (PT-SC). Segundo o acordo de procedimento fechado pelos líderes partidários, a votação do destaque com o valor de R$ 280 será simbólica, sem registro dos votos no painel eletrônico, motivo pelo qual levou o grupo a decidir votar a proposta de R$ 275, que será com registro nominal. Na declaração de voto, o grupo petista afirma que vai votar a favor do valor de R$ 275 ?por saber que estes R$ 15,00 a mais não vão para a ciranda financeira e para a especulação, mas se tornarão pão, pano, tijolo, remédio e condução, alimentando o mercado interno de massas?. ?Votamos neste aumento, que corresponde a três dias de pagamento dos juros da dívida, por sabermos onde estão suas fontes de sustentação: no fim dos desvios de recursos da Previdência para outras áreas (R$ 39 bilhões só nos últimos 5 anos), na mínima redução do largo superávit primário (R$ 11 bilhões, acima de 6,5% do PIB), no aumento de arrecadação (12,4% nos 4 primeiros meses deste ano) ou no remanejamento de dotações orçamentárias menos prioritárias?, continua a declaração. Assinam a nota os deputados petistas Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP), João Alfredo (CE), Walter Pinheiro (BA) e Dra. Clair (PR). ?Orientam-nos valores que dão sentido às nossas vidas públicas: a coerência e a fidelidade aos nossos compromissos históricos?, conclui a declaração.

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