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Petista busca ''pacto'' com Garibaldi

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Por Rosa Costa e Christiane Samarco
Atualização:

O candidato do PT à presidência do Senado, Tião Viana (PT-AC), comandou ontem uma ofensiva para evitar que o senador José Sarney (PMDB-AP) se lance na disputa a 20 dias da eleição. Viana procurou o atual presidente do Senado e candidato à reeleição, Garibaldi Alves (PMDB-RN), para um pacto pelo qual ambos não desistirão das respectivas candidaturas. "Mas se o presidente Lula pedir para que você desista?", indagou Garibaldi, que recebeu Viana para uma conversa reservada na residência oficial do presidente do Senado. "Se o presidente pedir, eu não saio. Mas você também tem de enfrentar qualquer pressão do Sarney e do (senador) Renan (Calheiros, PMDB-AL) para desistir. É muito mais difícil dizer não ao presidente do que dizer não ao Sarney e ao Renan", respondeu o petista. A eleição para a presidência e demais cargos da Mesa Diretora está marcada para 2 de fevereiro, no reinício dos trabalhos do Congresso. Garibaldi não concordou com a ideia de assinar uma nota conjunta em que os dois reafirmariam suas candidaturas. Disse que a proposta de acordo legitima sua candidatura, sob a qual pairam dúvidas jurídicas, uma vez que o texto constitucional proíbe a reeleição. Aproveitou para cobrar uma contrapartida: que o PT se comprometa a não recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sua reeleição, deixando que os dois disputem no voto em plenário. Viana disse que a única garantia que pode dar é a de que ele jamais tentará impugnar a candidatura do adversário. No início da noite, ainda sob pressão de Viana, que insistia em criar um fato político para reagir à movimentação de Sarney e Renan, Garibaldi aceitou posar para uma fotografia ao lado do petista, entoando o discurso comum de que não haverá desistência. Procurado, Sarney não respondeu à solicitação da reportagem.

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