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Pesquisas dizem que Cristina Kirchner concentra votos nas classes baixas

A treze dias das eleições candidata mantém a liderança nas pesquisas de opinião.

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Por Marcia Carmo
Atualização:

Três pesquisas de opinião, divulgadas neste domingo, revelaram que a primeira-dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner, da Frente para a Vitória, concentra seus votos nas classes baixa e média baixa. As pesquisas mostraram que, do total de intenções de voto na candidata, entre 16% e 25% são das classes alta e média alta e entre 49% e 55% dos eleitores mais pobres. A treze dias das eleições presidenciais, no dia 28 de outubro, Cristina mantém a liderança nas pesquisas de opinião e a expectativa é de que ela vença já no primeiro turno do pleito. Hoje, as pesquisas estimam que Cristina teria, pelo menos, entre 40% e 45% do total da votação, superando em mais de 19% a segunda colocada - a presidenciável opositora Elisa Carrió, da Coalizão Cívica. Se estes números forem confirmados, Cristina venceria no primeiro turno do pleito - já que ela teria mais de 40% dos votos e ainda uma diferença de mais de 10 pontos percentuais em relação ao 2º colocado. Ao contrário de Cristina, Carrió conta, atualmente, com votos divididos, quase que igualmente, entre as diferentes classes sociais argentinas. Já o candidato e ex-ministro da Economia do governo Kirchner, Roberto Lavagna, do UNA, tende a receber mais votos (cerca de 28% do total de intenções de voto nele) das classes mais ricas e, por sua vez, menor apoio dos mais carentes (entre 7% e 10%). Nos últimos dias, diferentes pesquisas de opinião, como a da Poliarquia Consultores e da Giacobbi e Associados, revelaram que o governo do presidente Néstor Kirchner vem perdendo adeptos nas grandes cidades e que essa queda poderia se refletir nas intenções de voto em sua mulher, Cristina. Para Giacobbi, Kirchner perdeu cerca de 4% de apoio popular, em cada um dos últimos dois meses. Pelo levantamento da Poliarquia, ele conta com 45% de imagem positiva - o nível mais baixo desde que chegou à Presidência. Neste fim de semana, Cristina fez campanha ao lado da filha do ex-presidente chileno Salvador Allende, a deputada Isabel Allende, do Partido Socialista. Cristina voltou a pedir uma "concertação" ("união") nacional com a aproximação de setores de diferentes tendências, no que também batizou de "Pacto Social". Cristina e seus aliados intensificaram, nos últimos dias, a campanha na província de Buenos Aires - a maior do país com cerca de 40% do eleitorado. O mesmo também tem feito o presidenciável opositor Alberto Rodríguez Saá, que atrai os votos dos chamados "peronistas tradicionais" - uma parcela (até agora mínima) do peronismo. Rodríguez Saá está em quinto lugar nas pesquisas. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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