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Pesquisa vai apontar melhor tratamento para o fumo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto Nacional do Câncer começa, na próxima segunda-feira, a primeira pesquisa brasileira sobre tratamentos para o fumo. Cerca de 1.500 voluntários vão testar, durante um ano, o uso de técnicas de convencimento psicológico dos fumantes, combinadas ou não com a aplicação de adesivos de nicotina. O objetivo é checar que método é mais eficiente no combate ao cigarro e, conseqüentemente, qual deles deve ser adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 750 voluntários receberão apenas sessões de tratamento psicológico e os outros 750, a mistura de terapia com os adesivos. Nos Estados Unidos, pesquisa semelhante já foi realizada e comprovou a eficácia da combinação dos dois tratamentos, mas aqui no Brasil o Inca quer apurar com precisão a eficácia dos dois por causa do alto custo do adesivo (R$ 140 por mês). "Temos que saber direito se o adesivo é realmente mais eficaz do que as sessões, porque esse estudo vai servir de base para políticas de saúde do SUS. E isso significa mais gastos públicos", afirma Cristina Perez, chefe do Núcleo de Estudos Clínicos da Dependência da Nicotina. O Inca ainda está aceitando voluntários, mas apenas se morarem na cidade do Rio de Janeiro. Para participar do estudo, o voluntário tem que fumar pelo menos cinco cigarros por dia, ter entre 18 e 49 anos e não sofrer de nenhuma doença crônica. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de câncer de pulmão estão associados ao fumo. O Brasil não possui estatísticas recentes. A última, de 1989, contou cerca de 30 milhões de fumantes brasileiros.

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