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Pesquisa não indica candidato do PSDB, diz Alckmin

No Ceará, governador paulista afirma que fica no cargo até 31 de março, que tradição tucana é o entendimento e que Serra não disse se quer mesmo concorrer à Presidência

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste domingo em Fortaleza que as pesquisas não servirão de base para a escolha do nome do PSDB que disputará a Presidência da República. Ele lembrou a tradição tucana de se escolher o candidato buscando o entendimento. Alckmin citou o fato de, em 1994, quando concorreu ao cargo de presidente pela primeira vez, Fernando Henrique Cardoso largar com 6% das intenções de voto. "Eu tenho 20%", vangloriou-se. E já em clima de campanha classificou o governo Lula de "gestão de frouxidão ética". "É uma doce disputa", disse Alckmin sobre a concorrência travada por ele com o prefeito de São Paulo, José Serra, para ser o candidato tucano nas eleições de outubro. E minimizou o fato de ser pouco conhecido no Nordeste. Rádio e TV "A campanha só começa mesmo com o horário no rádio e na televisão. Só vai começar, juridicamente, em junho com as convenções partidárias. E, na prática, vai começar em agosto com o horário no rádio e televisão." O governador paulista participa neste domingo à noite, na capital cearense, da abertura de um seminário sobre responsabilidade social. Veio a convite do governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), que o recepcionou no aeroporto, às 14h40 (horário de Brasília). O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), também estará presente. Alckmin disse que não iria se encontrar com o senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB. Ele alegou que a visita ao Ceará não tem caráter partidário. Mas disse que iria aproveitar as companhias de Alcântara e Cunha Lima para tomar um café e "prosear um pouco" no hotel. No muro Ao ser questionado sobre se preferia Serra ou Alckmin, o governador cearense não saiu do muro. "Eu sou apenas um companheiro. Estou acompanhando esses movimentos e ajudando no que for possível para que se faça essa escolha como um movimento natural dentro do partido. O mais importante é a unidade do partido. Os dois têm grandes méritos, grande valor político e administrativo. Nós temos essa riqueza de quadros. Isso não pode ser embaraço. É um fator favorável", disse. Ainda no aeroporto, Alckmin afirmou que quem quer que seja o candidato do PSDB terá seu "integral apoio". Ele acredita numa definição até o dia 31 de março, prazo final para a desincompatibilização. E, demonstrando confiança em ser o escolhido, afirmou que fica no governo de São Paulo até o dia 31 de março. "Uma sexta-feira", fez questão frisar. "Aliás, é importante dizer que o Serra nunca falou que era candidato. Ele nunca falou que quer ser candidato", comentou. Quatro anos de PT Sobre a possibilidade de vir a disputar o Senado, Alckmin respondeu: "Estamos começando uma jornada, que está indo super bem. Vamos caminhando naturalmente, nos consolidando naturalmente". Sobre a disputa com o PT, disse que o PSDB tem todas as condições de fazer uma boa campanha. "Nenhuma eleição é fácil. Mas eu entendo que, no segundo turno, o presidente Lula terá grande dificuldade. Eu aposto na mudança. Acho que quatro anos são suficientes para essa experiência petista. O Brasil não pode perder mais oportunidades. Se já teve um primeiro mandato sofrível, muito difícil, ele encurtou até, um segundo mandato pode ser pior ainda", disse. Quanto às alianças partidárias, Alckmin acredita que o PMDB saia com candidatura própria no primeiro turno. "O PFL, se não tiver um candidato, é o aliado mais natural, seguro", comentou.

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