PUBLICIDADE

Pesquisa mostra caminhos para FHC pensar na sucessão

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A pesquisa CNI/Ibope lança uma nova luz sobre a corrida presidencial e as condições práticas do governo Fernando Henrique Cardoso para lançar um candidato competitivo às eleições de 2002. Os números mostram, por exemplo, o campo da oposição praticamente ocupado pelo candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados acham que Lula representa a oposição total ao governo, enquanto que 36% acham que Itamar representa a oposição e somente 22% identificam Ciro Gomes com esse campo. Esses dados permitem duas conclusões. A primeira é que Ciro Gomes e Itamar Franco ainda são fortemente associados à política do presidente Fernando Henrique Cardoso e ao plano real e terão, por conseguinte, espaço limitado para crescer na campanha com um discurso oposicionista. A segunda conclusão é que estão erradas as avaliações de dirigentes do PSDB e PMDB, partidos que pertencem à base governista, segundo as quais o candidato da situação tem que ser temperado com características de independência e criticas a erros e equívocos do governo. Continuidade A pesquisa encomendada a CNI ao IBOPE confirma que entre os partidos da atual coalisão de governo é o PFL que, a um ano das eleições, apresenta o nome mais forte. A governadora Roseana Sarney não só passou à frente do pré-candidato do PPS, Ciro Gomes, e de Itamar Franco. Segundo as simulações, ela é também identificada como candidata que melhor representa a continuidade da política econômica. Um total de 16% de eleitores, do universo pesquisado, acham que este é o perfil de Roseana Sarney. O ministro da Saúde, José Serra, é identificado dessa forma por 15% dos entrevistados, mesmo porcentual que acredita que Itamar Franco representa a continuidade. Para outros 14% é Ciro Gomes quem representa a continuidade da atual política econômica. Roseana sempre à frente A ascensão de Roseana Sarney nas pesquisas de opinião deixam o PFL, pela primeira vez, na posição de lançar um candidato viável à presidência da República e discutir, de igual para igual, com o PSDB a composição da chapa presidencial na hipótese de reprise da aliança que elegeu por duas vezes o presidente Fernando Henrique Cardoso. A desagregação dos dados da pesquisa CNI/Ibope por região revela que a governadora maranhense recebe o dobro de apoio do ministro da Saúde, José Serra, em todas as simulações e se sai melhor do que ele até mesmo no Sudeste, que incluiu São Paulo, a base eleitoral de Serra e o maior colégio eleitoral do País. Roseana Sarney obtém 12% contra 8% de Serra nesta região quando os nomes são apresentados com qualificação de apoio ao PFL ou PSDB. Nesse caso, Roseana é indicada como candidata do PFL e Serra como candidato de Fernando Henrique. A diferença aumenta na região sul: ela tem 13% e Serra 6% das intenções de votos. No Centro-Oeste, Roseana chega a 20% e Serra não passa de 7%. No Nordeste, a governadora do Maranhão obteve 17% de apoio e Serra apenas 6%. Outro nome do PSDB testado, o governador do Ceará, Tasso Jereissati, apresenta um desempenho pior do que o de Serra. Tasso não passa de 3% das intenções de voto nas entrevistas na pesquisa CNI/Ibope. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, aparece definitivamente descartado como opção neste momento: conseguiu apenas 1% das intenções de voto. A CNI/Ibope não testou as opções tucanas representadas pelo ministro da Educação, Paulo Renato, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.