PUBLICIDADE

Pesquisa detecta aumento em 52 remédios

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma pesquisa realizada em março e abril e divulgada nesta sexta-feira pelo Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) e do Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum) mostra que 52 medicamentos foram reajustados de 0,04% a 8%. Todos os medicamentos pesquisados são considerados halopáticos no âmbito comercial, e a classificação deles não está em fitoterápicos, explicou o presidente do conselho, Antonio Barbosa. A pesquisa é feita há mais de três anos, e o acompanhamento de preços é antigo. "Se não fosse a divulgação, o preço dos medicamentos estaria mais alto. Foi esse acompanhamento que gerou a CPI dos Medicamentos", disse. A CPI foi aberta porque uma pesquisa mostrou que os medicamentos subiram 150%, enquanto a matéria-prima foi reduzida em 40%, por causa da queda das patentes, principalmente. O vice-presidente do Sindicato da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Gabriel Tannus, afirma que a maior parte dos 52 medicamentos da lista do CRF-DF é de fitoterápicos. "Portanto, estariam excluídos da Medida Provisória 2138-3, de 20 01, sancionada na semana passada e transformada em lei", garante Tannus. Ele disse que alguns medicamentos do laboratório Byk, como Legalon, Eparema, Agiofibra, Agiolax e Tebonin entre outros, são fitoterápicos e, segundo a lei, não estão sob controle de preços do governo. "Embora alguns medicamentos tenham princípio ativo baseado em ervas, eles foram registrados como fitoterápicos", ressalta Antonio Barbosa. O presidente do CRF-DF diz que todas as marcas citadas pelo Sindusfarma e os xampus para lentes de contato Clinensol e Totalens, ambos da Allergan, que também tiveram o preço aumentado, estão registrados como medicamentos halopáticos - com preços controlados pelo governo. O vice-presidente do Sinduscom chama a atenção para o caso específico do Magnopyrol, do Farmasa/Abbott, que foi reajustado em 3,91%, em 23 de janeiro. "Estava dentro do período previsto, que ia até 31 de janeiro, e bem abaixo dos 5,94% máximos permitidos pela MP. Mas, por algum problema que ainda não conseguimos detectar, os reajustes só foram publicados agora na revista da Abifarma", informa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.