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Perícia sobre envenenamento de Jango é inconclusiva

Médico da Polícia Federal, Jeferson Evangelista Corrêa afirmou que não foram identificadas substâncias tóxicas ou medicamentosas que possam ter causado morte do ex-presidente

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Por Fabio Brandt
Atualização:
Ex-presidente. Deposição de João Goulart do cargo pelos militares em 1964 iniciou ditadura Foto: Arquivo/Estadão

 BRASÍLIA - Peritos que analisaram os restos mortais do ex-presidente João Goulart afirmaram na nesta segunda-feira, 1, que as análises não permitem saber se a morte foi por causa natural ou se ele realmente foi assassinado por envenenamento planejado pelas ditaduras latino-americanas.

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O perito médico da Polícia Federal Jeferson Evangelista Corrêa afirmou que não foram identificadas substâncias tóxicas ou medicamentosas que possam ter causado sua morte. Apesar disso, disse, não está descartada a possibilidade de envenenamento, porque o corpo passou por muitas mudanças químicas desde a morte, na década de 1970, o que influencia no resultado da perícia.

O perito cubano Jorge Perez, designado pela família de Jango para acompanhar os trabalhos, disse que não é possível comprovar que a morte de Jango tenha decorrido de um infarto, como está registrado nos documentos oficiais. Também não é possível, segundo ele, dizer se foi uma morte natural. "As duas possibilidades se mantêm. É conveniente a continuidade dos estudos", declarou Perez.

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