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Para Pepe Vargas, tentativa de tirar Dilma do cargo é golpe

Ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência afirma que não há 'base legal e jurídica' para um eventual pedido de impeachment

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Por Carla Araujo e RAFAEL MORAES MOURA E TÂNIA MONTEIRO
Atualização:

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff e disse nesta segunda-feira, 6, que "não há nenhuma base legal e jurídica" para um pedido de impeachment. O ministro acusou qualquer movimentação neste sentido de "golpe". "Quem defende uma posição dessa natureza está defendendo uma posição de golpe ao Estado Democrático de Direito e à Constituição", disse.

O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas Foto: Dida Sampaio/Estadão

O tema, entretanto, tem sido a pauta do dia no Palácio do Planalto. Auxiliares da presidente Dilma admitem que o clima "está horrível". Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) disse em coletiva que um eventual processo de impeachment é uma hipótese "impensável" para "o momento atual" e que a petista está "tranquila" diante do cenário político. Mesmo assim, Dilma convocou uma reunião do conselho político para avaliar a atual conjuntura. Presidentes e líderes de partidos da base aliada foram chamados para a reunião, que ocorrerá no Palácio da Alvorada, às 18h. Pepe Vargas disse que é possível reverter o momento de crise política "respeitando a Constituição e a legislação" do País. "O que justifica a existência de um governo é o voto popular e não as pesquisas de opinião pública que mudam inclusive ao longo do tempo", disse. "Temos um governo eleito democraticamente, legitimamente, e há que se respeitar a Constituição. O remédio é respeitar a Constituição. O Brasil, no passado, não respeitou a sua constituição e caminhou para trás", completou.

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