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Peemedebistas devem deixar o governo ou o partido, diz Rigotto

Por Agencia Estado
Atualização:

Para o governador do Rio Grande do Sul, o peemedebista Germano Rigotto, o recado está claro: Quem ocupa ministérios ou outros cargos no governo federal deve entregá-los ou deixar o partido. E isso deve ocorrer logo, sem que seja esperada a convenção nacional do PMDB, que deve ser realizada no próximo mês. Rigotto fez a declaração nesta terça-feira, em entrevista coletiva, ao lado do também governador peemedebista Jarbas Vasconcelos, que defendeu que o partido faça oposição ao governo, a exemplo do que fazem o PSDB e PFL, sem que haja dúvidas do seu papel. "Este é o caminho do PMDB na busca de retomada de uma identidade própria", afirmou Jarbas. O governador de Pernambuco lembrou ter defendido a não-participação do PMDB no governo Luiz Inácio Lula da Silva desde janeiro do ano passado. "Essa postura não é nova, não é inovação", afirmou. Apontado por Rigotto como um dos quadros do PMDB com condições de ser lançado candidato à presidência da República, Jarbas retrucou que ainda é muito cedo para se pensar no assunto, embora concorde que o projeto de reafirmação do PMDB englobe candidatura própria em 2006. Rigotto reiterou que o PMDB está numa encruzilhada: ou encontra uma cara própria, com projeto próprio de governo, ou vai chegar em 2006 sem ser respeitado, mesmo sendo um partido presente em todo o Brasil, com uma história de valor e com bons quadros. Para a reunião da direção nacional, Jarbas Vasconcelos afirmou que não vai abrir brechas para articulações visando a reaproximar o PMDB do governo Lula e Rigotto adiantou que "se fosse o governo federal, não entraria numa força de braço, oferecendo mais cargos".

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