Pedida cassação de 10 deputados de AL

Entidade entra com ação contra acusados de desvio de R$ 200 mi

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Por Ricardo Rodrigues e MACEIÓ
Atualização:

O coordenador estadual do Fórum pela Moralização Eleitoral em Alagoas e líder comunitário Antônio Fernando da Silva entrou com representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pedindo a cassação dos dez deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal na Operação Taturana, acusados de envolvimento no desvio de R$ 200 milhões da Assembléia Legislativa. Ele quer que o Ministério Público Eleitoral mova uma ação contra os deputados. Silva disse que protocolou a representação em 28 de dezembro, dirigida ao juiz da 2ª Zona Eleitoral. "Chegou a hora de a Justiça Eleitoral dar um basta aos políticos corruptos, que utilizam o dinheiro do povo para comprar votos e se perpetuar no poder." Ao todo, mais de 50 pessoas, incluindo deputados e ex-deputados, foram indiciadas na Operação Taturana, acusadas num esquema de desvio na folha de pagamento da Assembléia por meio de fantasmas e laranjas e fraude de restituições do Imposto de Renda. Silva também já pediu ao Ministério Público abertura de ação civil contra os indiciados, para que o Estado seja ressarcido. "Um Estado pobre como Alagoas não pode se dar ao luxo de deixar que Ali Babá e os 40 Ladrões façam uma farra com o dinheiro público", justificou. "Esses R$ 200 milhões dariam para construir milhares de casas, dariam para alimentar centenas de famílias, dariam para recuperar escolas, estradas, comprar medicamentos, equipamentos para a saúde. Quanta gente não morreu na falta desse dinheiro. Por isso, acho importante que o Ministério Público Estadual se posicione." O líder quer que, além de ter os mandatos cassados, os deputados sejam proibidos de disputar eleições e ocupar cargos no serviço público por no mínimo oito anos. "É por isso que, além do Ministério Público Estadual, entrei com essa representação no TRE, para impedir que os políticos corruptos usem a imunidade parlamentar para continuar roubando."

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