PE: Campos sofre ataques em anúncio de petista ao Senado

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Por Angela Lacerda
Atualização:

O ex-governador Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República, foi alvo de ataques nesta segunda-feira, 7, no anúncio oficial do deputado federal João Paulo (PT) como pré-candidato ao Senado na chapa do pré-candidato ao governo de Pernambuco Armando Monteiro Neto (PTB). Ex-aliado de Campos, Monteiro Neto foi eleito em 2010, com o apoio do PSB. Ao destacar que o PT está unido e retomará o antigo protagonismo da política estadual nestas eleições, o senador Humberto Costa ironizou "a arrogância e a soberba dos adversários que falam em eleger 20 deputados federais" em outubro. "Estou achando que não vai ser bem assim", disse, sob aplausos, ao observar que "os adversários pensaram que o partido iria se dividir para novamente aproveitar as divergências". Ele se referiu a 2012, quando o PT viveu forte briga interna, entre João Paulo, que foi prefeito do Recife por dois mandatos, e João da Costa, que o sucedeu, por sua indicação pessoal. Eduardo Campos lançou, então, seu secretário estadual de Planejamento, Geraldo Júlio, e tirou a prefeitura da capital das mãos dos petistas. Julio ganhou no primeiro turno.Presente ao evento, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), também alfinetou o ex-aliado, ao comentar a queda da aprovação do governo Dilma Rousseff nas pesquisas, mas mantendo o favoritismo de uma reeleição. "O importante é que os adversários não conseguem capitalizar, desde outubro não saem do lugar", afirmou com um sorriso, comentando a última pesquisa Datafolha, na qual o tucano Aécio Neves e o socialista Campos aparecem respectivamente com 16% e 10% de intenções de voto. "Eles não se colocam como alternativa real". A expectativa de Monteiro Neto é de ampliação da aliança que atualmente conta com o PTB, PT, PROS e PRB. Está em curso negociação com o PDT e o PP.A sede do diretório estadual do PT, no bairro de Santo Amaro, no Recife, ficou lotada. Ao término, quando todos entoaram "João Paulo na rua/A luta continua", um militante gritou: "Os dias do coronel estão acabando". O "coronel" é Eduardo Campos, assim chamado pelo seu poder e influência na política estadual.

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