PDT vai ao STF por votação virtual para grupo de risco na Câmara

Após pressão de apoiadores de Arthur Lira, Mesa Diretoria tinha definido que eleição seria estritamente presencial

Por Camila Turtelli
Atualização:

BRASÍLIA – A disputa pelo comando da Câmara já chegou à Justiça. O presidente do PDT, Carlos Lupi, e o deputado Mário Heringer (PDT-ES) pediram nesta quarta-feira, 20, a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a votação no próximo dia 1º de fevereiro seja virtual para os deputados no grupo de risco da covid-19.

Após pressão de apoiadores da candidatura de Arthur Lira (PP-AL), a Câmara decidiu na segunda-feira, 18, que a eleição para a sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) será em votação estritamente presencial. A decisão foi tomada em reunião da Mesa Diretora da Casa, com votos contrários de Maia e também de Heringer, que é médico, faz parte da Mesa e era relator da questão.

Eleição para escolher nova direção das duas Casas legislativas está marcada para 1º de fevereiro Foto: Maryanna Oliveira/Agência Câmara

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Maia estudava a possibilidade de realizar um formato misto de eleição, liberando a votação virtual para o grupo de risco. Segundo Maia, cerca de 2 mil servidores precisam ser mobilizados no dia, além dos deputados e da imprensa.

O PDT apresentou na terça-feira, 19, um mandado de segurança com pedido de medida liminar de urgência no Supremo contra ato da Mesa Diretora da Câmara. No documento, os pedetistas pedem que, na eleição, em 1º de fevereiro, seja aplicado o regime híbrido de votação, para permitir que os parlamentares que se encontram no grupo de risco possam votar por meio do Sistema de Deliberação Remota (SDR).

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