Nos corredores da Câmara dos Deputados, o assunto na manhã desta quarta-feira, 25, foi a criação dos partidos Republicano da Ordem Social (PROS) e do Solidariedade. Enquanto parlamentares, que se mantinham discretos até então, falavam abertamente sobre as possibilidades de mudança de siglas, o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo(CE)lamentou a criação dos novos partidos. Juntos, eles devem receber ao menos seis parlamentares do PDT.
"Quem já tinha de ter convencido foi. É agora esperar 5 de outubro (prazo final para a troca de partidos) para ver quantos sairão", disse em tom de resignação.Com a saída de Paulinho da Força (SP) do PDT, a sigla espera perder cinco parlamentares para o Solidariedade e pelo menos um para o PROS."Virou mercantilização", criticou Figueiredo
Palanque. Até as legendas mais antigas estão se beneficiando com o clima de troca partidária. Durante a manhã,o líder do PR na Casa, Anthony Garotinho (RJ), revezou entre ligações telefônicas e conversas ao pé do ouvido com deputados interessados em mudar de sigla. "O que sai, entra. Se o PR perder dois ou três (deputados), ganha cinco ou seis", afirmou.
De olho no palanque eleitoral de seu Estado, Garotinho tem atuado abertamente para arregimentar parlamentares para o PROS, considerado por ele potencial aliado na sucessão estadual no Rio de Janeiro. (Daiene Cardoso - daiene.cardoso@estadao.com)