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PDT discute permanência de Dias no Trabalho

Por Erich Decat , Rafael Moraes Moura e BRASÍLIA
Atualização:

Pressionada para elevar um representante da bancada da Câmara a posto de destaque no governo Dilma, a cúpula do PDT marcou para terça-feira reunião entre parlamentares e a Executiva da legenda. O encontro será realizado para discutir a permanência de Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho. Na lista dos cotados para substituir Dias estão os deputados Afonso Motta (RS), Ronaldo Lessa (AL) e Sérgio Vidigal (ES). O tema foi debatido nesta semana entre integrantes da bancada da Câmara, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o vice-presidente da República, Michel Temer. "Foi discutida a relação do partido com o governo e houve cobranças para que o partido fosse fortalecido no ministério, com as secretarias que estão com outros partidos. Além disso, um setor da bancada defendeu que houvesse um representante (da bancada do PDT na Câmara) no governo (primeiro escalão)", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi. Segundo ele, no encontro também estará em foco a possibilidade de o partido permanecer independente e até abrir mão dos cargos federais. "Há um setor que também defende essa tese. Vamos ouvir todos", ressaltou. A bancada do PDT na Câmara está insatisfeita com o governo. Tem criticado o aumento da taxa básica de juros e, no mês passado, divulgou nota em que reafirma sua oposição contrária ao "receituário neoliberal" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar de controlar o Ministério do Trabalho, os pedetistas fizeram uma dura oposição às Medidas Provisórias 664 e 665, que endureceram as regras de concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas. Os deputados votaram em peso para tentar derrubá-las, mas as MPs terminaram sendo aprovadas pelo Congresso Nacional.

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