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PDT declara apoio a Rodrigo Pacheco, que reúne maioria no Senado

Partidos publicamente aliados ao candidato do DEM já somam 41 dos 81 senadores; disputa é em fevereiro

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA –O PDT, com três senadores, declarou nesta quinta-feira, 14, apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado. Com isso, os partidos publicamente aliados ao candidato do DEM somam 41 dos 81 senadores, quantidade suficiente para uma vitória na disputa de fevereiro, desconsiderando eventuais traições, o que é comum ocorrer neste tipo de votação secreta.

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Sua adversária na disputa, Simone Tebet (MDB-MS), reúne até agora o apoio de outras duas siglas além da sua, Podemos e Cidadania, que somam 27 senadores, também desconsiderando as dissidências. 

O apoio do PDT já era dado como certo por Pacheco, candidato do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A oficialização, porém, era aguardada para fazer o concorrente chegar aos 41 votos. Além do PDT, o senador do DEM também garantiu apoio do maior partido de oposição no Senado, o PT, que tem seis integrantes. 

Plenário do Senado Federal Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado

Em nota, a bancada do PDT tentou desvincular o apoio à concordância com as pautas defendidas por Pacheco, candidato do presidente Jair Bolsonaro na sucessão do Senado. "Esse apoio não representa um apoio automático da bancada pedetista às pautas defendidas por todos os partidos que estão na base da candidatura do senador Rodrigo Pacheco."

A eleição de fevereiro definirá quem comandará o Senado pelos próximos dois anos. A disputa é importante porque quem ocupa o cargo tem o poder de pautar projetos de lei e propostas de emenda à Constituição, definindo que será ou não discutido pelo Congresso. Cabe ao presidente da Casa também decidir sobre pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Como mostrou o Estadão nesta quarta-feira, 13, a interferência de Bolsonaro na eleição tanto do Senado quanto da Câmara transformou a disputa em um “referendo” sobre o governo. O grupo que chegar ao poder terá influência direta na eleição presidencial de 2022, cenário destacado pelo PDT ao oficializar o apoio ao candidato do DEM.

O País, afirmou a bancada do PDT, tem a tarefa de superar a pandemia de covid-19, recuperar a economia, "garantir a estabilidade institucional e democrática e preparar um clima saudável e equilibrado para as eleições de 2022." Para o partido, Rodrigo Pacheco reúne características para uma condução "firme, independente, porém serena, madura e visando acima de tudo os interesses do País."

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Alianças

Com o PDT, são nove partidos fechados Pacheco: DEM, PSD, PT, PL, PROS, PDT, Republicanos, PSC e Progressistas. Nem todos os integrantes das bancadas, porém, podem seguir seus partidos. No dia da eleição, a votação é secreta.

No Progressistas, por exemplo, o senador Esperidião Amin (SC) declarou voto em Simone. Pacheco, por sua vez, conta com dois votos do Podemos, que anunciou aliança com a candidata do MDB, e quatro no PSDB, que liberou os integrantes para votar em qualquer candidato. 

Nos próximos dias, os dois candidatos vão tentar atrair os três partidos que ainda não anunciaram apoio oficial: Rede (com 2 senadores), PSL (2) e PSB (1). No PSL, Major Olimpio (SP) é candidato. Outro que corre por fora é Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Os dois tendem a manter a candidatura como forma de protesto e, no dia da eleição, declarar voto em Simone. 

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