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PDT adia decisão sobre alianças no Paraná

A indefinição paralisou as decisões no PMDB e no PT, interessados em uma coligação com os pedetistas para reforçar a candidatura de Dilma

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Por Redação
Atualização:

CURITIBA - A definição sobre os palanques tanto para as eleições estaduais do Paraná quanto para os apoios às candidaturas de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) ficará para os últimos minutos do prazo final estabelecido pela legislação eleitoral. O PDT, do senador Osmar Dias, responsável pelo impasse, adiou a convenção que realizaria amanhã para quarta-feira, dia 30. Nesta quinta-feira, 28, o senador passou o dia em reuniões, em sala fechada, de acordo com assessores. A indefinição paralisou as decisões no PMDB e no PT, interessados em uma coligação com os pedetistas para reforçar a candidatura de Dilma.

 

 

 

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Na nota em que comunicou o adiamento da reunião em "caráter de urgência", o PDT ressaltou que o motivo é a "melhor adequação da formatação das alianças". "À meia-noite do dia 30 ficam esgotados os prazos legais, então temos um espaço de tempo ainda", ponderou o presidente do PMDB, deputado estadual Waldyr Pugliesi. Os partidos estão a reboque da confirmação ou não do senador Alvaro Dias (PSDB) como vice de Serra. "Veio complicar a resolução que nós estávamos encaminhando aqui porque o senador Osmar Dias ficou numa posição desconfortável perante a família com essa possível candidatura do irmão", disse o peemedebista. A resolução praticamente definida era uma candidatura de Osmar ao governo.Ao disputar as eleições de 2006 contra o ex-governador Roberto Requião (PMDB), Osmar Dias fez 2.658.132 votos, perdendo o cargo por 10.479 votos. Na única pesquisa divulgada até agora, o Vox Populi, a pedido da Rede Bandeirantes, ouviu 700 eleitores entre os dias 8 e 10 de maio. Richa ficou com 40% das intenções de voto, enquanto Osmar teve 33% e Pessuti apareceu na terceira colocação com 10%. Também foram apontados Rubens Bueno (PPS), com 3%, Luiz Felipe Bergman (PSOL), com 1%, e Paulo Salamuni (PV), também com 1%. O candidato Lineu Tomass (PMN) teve menos de 1%.Com boa votação na última eleição, bom trânsito entre prefeitos do interior do Estado e um índice alto na pesquisa, o senador Osmar Dias passou a ser disputado pelos dois lados. Amigo de Serra e ex-filiado ao PSDB, ele sempre esteve com os tucanos em eleições no Paraná, tanto que chegou a consultar a direção nacional sobre a possibilidade de mais uma coligação, o que foi negado. Por outro lado, como integrante da base do governo Lula, também é cortejado para que Dilma tenha palanque forte no Estado.O senador pedetista já tinha dito várias vezes que não disputaria contra o irmão. Por isso, a expectativa é que ele anuncie que vai concorrer à reeleição. Nesse caso, o candidato ao governo seria o governador Orlando Pessuti (PMDB). O PT decidiu, em encontro realizado domingo, que poderá apoiar Pessuti, mas não se coligaria nas proporcionais, o que desagrada ao PMDB. A outra hipótese é o partido lançar candidato próprio ao governo. O mais cotado é o ex-prefeito de Londrina Nedson Micheleti. Nesse caso, Dilma ficaria com os dois palanques.O compromisso de não disputarem entre si já fazia parte dos discursos dos irmãos Dias quando Alvaro pleiteava ser candidato ao governo. Aquele que estivesse à frente em pesquisas seria indicado. Mas o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) lançou a candidatura, alegando que a população da capital o convocava para essa empreitada. Magoado por ser preterido pelo diretório estadual, Alvaro afastou-se da campanha tucana no Estado, enquanto Osmar, que esperava a retribuição por ter apoiado Richa à prefeitura, reforçou a intenção de disputar a eleição e encontrou receptividade para coligação com alguns partidos da base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio de Alvaro na chapa de Serra fez as conversas voltarem ao estágio quase inicial.

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