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Skaf critica revisão da reforma: 'PT quer meter a mão no bolso do trabalhador'

Em entrevista à CNN Brasil, ex-líder da Fiesp afirmou que objetivo do projeto seria voltar a arrecadar imposto obrigatório para alimentar sindicatos

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Por Vinícius Alves e Matheus de Souza
Atualização:

Aliado do Planalto e ex-presidente da Fiesp, o empresário Paulo Skaf se uniu ao coro de críticas às lideranças petistas, após membros do partido sugerirem a revogação da reforma trabalhista. Em entrevista à CNN nesta manhã, Skaf defendeu a reforma e declarou que a intenção do PT é “colocar a mão no bolso do trabalhador e cobrar o imposto sindical”.

“O que na realidade os sindicatos querem, o PT quer, é o imposto sindical, o que na realidade estão criticando é a perda dos bilhões de reais que tiravam do bolso do trabalhador e arrecadavam através do imposto sindical”, afirmou. Em crítica às entidades, o empresário disse que "muitos sindicatos não fazem trabalho nenhum”.

Em entrevista à CNN Brasil, ex-líder da Fiesp afirmou que objetivo do projeto seria voltar a arrecadar imposto obrigatório para alimentar sindicatos. Foto: Helvio Romero/Estadão

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Skaf também alegou que a reforma trabalhista revogada na Espanha não é similar à brasileira, e que foi promovida por decreto presidencial sem o amplo diálogo no Congresso como ocorreu no Brasil. “Em relação à Espanha não se pode comparar com a realidade brasileira, a reforma trabalhista feita na Espanha foi feita através de decreto do governo, não houve um amplo debate”.

Ainda segundo o empresário, a reforma aprovada no Brasil aperfeiçoou a legislação trabalhista da década de 50 e modernizou as relações de trabalho, e citou que ela não tirou direitos fundamentais garantidos na Constituição. “A reforma que nós aprovamos no Brasil, essa ampla discussão, não tirou direitos de nenhum trabalhador, todos os direitos fundamentais, garantidos pela Constituição foram mantidos”.

Skaf conclui dizendo que as discussões referentes à revogação da lei aprovada em 2017 pelo governo do ex-presidente Michel Temer não passam de um "discurso sensacionalista” de ano eleitoral.

Nesta segunda-feira, 10, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin mostrou apreensão sobre o tema durante conversa com o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Alckmin disse que o mercado ficou preocupado com sinais emitidos por petistas de que haverá um “revogaço” caso Lula assuma a Presidência.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará hoje, 11, uma reunião com representantes do governo da Espanha, a fim de debater a reforma trabalhista promovida naquele país em 2012 e a sua respectiva revisão. Presidentes de centrais sindicais do Brasil e da Espanha foram convidados para o encontro, que será na Fundação Perseu Abramo. De forma virtual, Adriana Lastra, vice-secretária-geral do PSOE – o partido de Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha –, e José Luis Escrivá, ministro de Seguridade e Migrações, estarão presentes.

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