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Paulo Skaf diz que recriação da CPMF é um desrespeito

Presidente da Fiesp alega que governo teve arrecadação recorde e que carga tributária é 'muito elevada'

Por Elizabeth Lopes e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que a tentativa de recriação da CPMF, na Câmara dos Deputados, representa o lado ruim do Brasil. "A criação de um novo imposto é um desrespeito ao projeto do próprio governo que propõe a reforma tributária, é um desrespeito ao Senado Federal, que enterrou a CPMF em dezembro do ano passado, é um desrespeito à sociedade que fala sempre 'não' aos novos impostos", destacou. Veja Também:Entenda o que é a CSS Entenda a Emenda 29  Entenda a cobrança da CPMF    Na sua avaliação, os deputados federais, como representantes do povo devem estar em sintonia com os desejos e as necessidades do povo brasileiro. "E eu tenho a certeza de que os anseios e as necessidades não passam pela criação de aumento da carga tributária". Para Skaf, este ano o governo federal terá aumento na arrecadação, em relação a 2007, de R$ 70 a R$ 80 bilhões. "Só nestes primeiros quatro meses do ano, o aumento de arrecadação ficou em torno de R$ 30 bilhões, ou seja quase uma CPMF", emendou. Segundo ele, o aumento de arrecadação no País é "astronômico e a carga tributária é muito elevada" e no momento em que se discute, no Congresso Nacional, a implantação de uma reforma tributária, não se pode falar na criação de um novo imposto. Questionado sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que daria um prêmio ao empresário que tenha reduzido o preço de seus produtos, por conta do fim da CPMF, o presidente da Fiesp reagiu, dizendo que houve sim uma baixa nos preços do setor privado, e criticou: "Primeiro, os serviços públicos do governo, que deveriam dar o exemplo e reduzir a alíquota da CPMF, não reduziram (o preço de seus serviços). Todos os serviços públicos prestados pelas empresas estatais, pelas empresas do governo não o fizeram."

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