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Paulo Renato está com ciúmes de Serra

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presidenciáveis do PSDB estão disputando sinais de atenção e prestígio do presidente Fernando Henrique Cardoso. A briga, que extrapolou os bastidores do partido, já chegou à Esplanada dos Ministérios, mudando a rotina de alguns colaboradores do presidente e a importância das cerimônias promovidas pelo governo federal. Nesta quarta-feira, a discrição de uma cerimônia fechada no Palácio da Alvorada - para sancionar a lei que federalizou o Programa Bolsa-Escola - não impediu o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, de repisar os avanços feitos por sua gestão no programa, que repassa dinheiro a famílias carentes para garantir a matrícula das crianças no ensino fundamental. Nos últimos meses, o Palácio do Planalto tem sido palco de grandes cerimônias de projetos na área social, principalmente na área da saúde, abrindo suas portas para políticos e ministros. Paulo Renato fez questão de falar com a imprensa e deu entrevista embaixo de uma das mangueiras que protegem a entrada do palácio. E garantiu que a discrição do encontro não era um sinal de desprestígio junto a Fernando Henrique. ?Eu mesmo pedi ao presidente que fizéssemos uma coisa bem discreta?, reagiu. ?Já fizemos uma grande festa quando a MP foi editada?, justificou. Momentos depois, já no ministério, Paulo Renato voltou ao assunto em uma entrevista convocada para apresentar o guia de livros didáticos do primeiro grau. ?Estavam dizendo que eu estou sendo discriminado?, disse, referindo-se à pergunta feita pelos jornalistas horas antes. Ele repetiu o argumento de que a lei havia sido comemorada meses antes e declarou estar poupando o governo de eventuais críticas. ?Se fizéssemos outra festa, a imprensa reclamaria de que estaríamos fazendo duas comemorações para um programa só?, disse o ministro. Esforçando-se para explicar a solenidade, Paulo Renato também disse que a cerimônia fora fechada por ser esta quarta-feira o último dia para a sanção da lei e acabou entrando em contradição. ?Se não fosse isso, poderíamos ter feito na semana que vem, com a presença dos parlamentares?, avisou.

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