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Paulo de Tarso, o "xerife" da SDE, toma posse amanhã

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Por Agencia Estado
Atualização:

O nono ministro da Justiça nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, completaria três anos como secretário de Direito Econômico na próxima quarta-feira. Sua posse foi adiada para amanhã porque depende da publicação do ato de nomeação no Diário Oficial da União. Bom de briga, Paulo de Tarso é conhecido como o "xerife" da livre concorrência no mercado. Ganhou notoriedade nas disputas, entre outras, contra o cartel dos postos de gasolina, contra a onda de maquiagem descoberta em vários produtos no ano passado e contra a poderosa Microsoft por abuso de poder econômico. O novo ministro passou o dia em casa, sem dar entrevistas. Ele conversou, pela manhã, com o ministro Miguel Reale Júnior, antes de aceitar o convite do presidente Fernando Henrique Cardoso para sucedê-lo. Paulo de Tarso prometeu falar com os jornalistas amanhã, depois de ser empossado. Sua forma de agir é a mais discreta possível. Só entra em cena para atuar quando o processo está encaminhado na Secretaria de Direito Econômico (SDE). Foi convidado para o cargo pelo ministro José Carlos Dias, quando ocupava a Secretaria da Fazenda do Pará. Os ministros que sucederam Dias - José Gregori, Aloysio Ferreira Nunes e Miguel Reale Júnior - logo passaram a ter confiança no secretário. Daí a sua permanência na SDE, vinculada ao ministério recordista na troca de ministros. Paulo de Tarso Ramos tem 42 anos. É filho do ex-ministro da Reforma Agrária Nelson Ribeiro, que ocupou a pasta de abril de 1985 a maio de 1986, no governo de José Sarney. O currículo do novo ministro mostra um homem interessado em vários assuntos: filosofia, línguas estrangeiras, tributação, mercado mobiliário, direto ambiental e sociologia. É advogado desde de 1982 e fez doutorado em Filosofia e Teoria Geral do Direito na Universidade de São Paulo (USP). Foi duas vezes premiado pelo Ministério da Educação no concurso de monografias sobre os escritores José de Alencar e Érico Veríssimo. O novo ministro já ocupou o cargo uma vez, interinamente, durante uma semana, substituindo José Gregori, que estava fora do País. Também foi interino do então secretário executivo José Bonifácio Andrade, durante sete meses.

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