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Paulistanos "fogem" buscando qualidade de vida

Por Agencia Estado
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Em janeiro de 2001, o médico oftalmologista Ali Abdul Akl, de 36 anos, decidiu alugar o confortável apartamento no Bairro de Campo Belo, em São Paulo, e mudar-se com a família para Sorocaba. Com uma filha pequena, Akl saiu de São Paulo em busca de segurança e qualidade de vida. Ele alugou uma casa na Granja Olga, condomínio fechado de alto padrão, e está convencido de que fez a coisa certa. "Encontrei as duas coisas e ainda fiz uma porção de amigos." A esposa, a advogada Marijose, e a filha Larissa, de 5 anos, adaptaram-se bem à nova vida. O único ?senão? é de ordem profissional. O consultório que montou em Sorocaba ainda não tem a clientela esperada, por isso ele mantém a clínica em Osasco. "Trabalho dois dias em Sorocaba e viajo os outros três", disse. A proximidade da capital - menos de 100 quilômetros - é um fator positivo. Ele gasta menos tempo para ir à clínica do que quando morava em São Paulo. "Fica fácil também pegar um teatro ou visitar os parentes." O engenheiro elétrico Rinaldo Semeoni, de 46 anos, conseguiu sair definitivamente da capital no início deste ano. Ele mudou-se para o condomínio City Castelo, em Sorocaba, no fim de 1998, mas continuou trabalhando numa empresa de componentes eletrônicos na zona sul de São Paulo. "Mandei currículos para empresas da região e finalmente consegui um emprego compatível." A esposa Rita, psicóloga, trabalha em Sorocaba desde o ano passado. O aposentado Nestor Cândido de Lima, de 53 anos, fez o inverso do que tinham feito seus pais, que eram do interior e migraram para a capital, décadas atrás. Há 1 ano e 7 meses, ele deixou a casa alugada na Mooca e mudou-se para o Jardim Casabranca, um bairro sossegado de Sorocaba. "Agora, a casa é própria", disse. Ex-metalúrgico, Lima cansou de levantar cedo e tomar ônibus para trabalhar em São Bernardo. "Era assalto quase todo dia." A esposa Josefa e os filhos gêmeos Laércio e Leandro, de 16 anos, foram com ele. O mais velho, Adriano, de 24, preferiu ficar em São Paulo.

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