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Paulinho da Força retira pedidos de quebra de sigilos de Janot e Cardozo

Movimentação aconteceu um dia após reportagem do 'Estado' mostrar que o PMDB articulava com a oposição a aprovação dos pedidos

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Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Daniel de Carvalho , Daiene Cardoso e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), retirou de tramitação o requerimento que havia apresentado à CPI da Petrobrás na Câmara para quebrar os sigilos telefônicos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A movimentação aconteceu no último dia 7, um dia após reportagem do Estado mostrar que o PMDB articulava com a oposição a aprovação dos pedidos.

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O ministro e o procurador tiveram encontros fora da agenda antes da divulgação da lista de investigados levada ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República. Rebelde no Congresso, o PMDB alega que o ministro da Justiça teria influído na decisão de Janot de pedir inquéritos contra dois de seus principais líderes, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Os dois são investigados sob suspeita de receber propina no esquema de corrupção da Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Paulinho havia apresentado a solicitação de quebra de sigilos em 12 de março, quando Cunha prestou depoimento voluntariamente e acusou Janot de incluí-lo na lista de investigados por motivação política.

O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) 

O PSDB era contra a convocação de Janot. Para evitar desgaste institucional com a PGR, os tucanos defendiam a quebra do sigilo apenas de Cardozo, atingindo o procurador-geral indiretamente. Mas, de acordo com interlocutores, Cunha fazia questão de que ambos tivessem os sigilos quebrados.

No mesmo dia em que suspendeu seus pedidos de quebra de sigilo, Paulinho retirou requerimentos que havia apresentado para convocar o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, a socialite Val Marchiori, a filha do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, Marina Mantega, do secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, entre outros.

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