Paulinho da Força fala em descentralização para SP e diz que Haddad copiou suas propostas

Candidato diz que implantará eleições diretas para as subprefeituras da cidade e promete levar empregos à periferia

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Por Cristiane Salgado Nunes - O Estado de S. Paulo
Atualização:

O candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, Paulinho da Força, em entrevista ao 'Estado', nesta segunda-feira, 20, apresentou seu programa de governo de descentralização administrativa para a cidade e de emprego na periferia, e disse que Fernando Haddad (PT) copiou suas propostas.

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Paulinho propôs, caso seja eleito, acabar com a centralização da gestão do prefeito Gilberto Kassab, implantando eleições diretas para as subprefeituras da capital paulista.

"A atual gestão centralizou a administração e uma pessoa só não consegue administrar uma cidade maior do que Portugal", afirmou.

O candidatou disse que vai levar cerca de 2 milhões de emprego à periferia,  promovendo incentivos fiscais às empresas. Paulinho criticou a concentração atual de escritórios na região central de São Paulo: "Por que as empresas de telemarketing estão no centro de São Paulo? Não há necessidade. O trabalhador viaja 3 horas para atender telefone".

Na educação, Paulinho falou que vai acabar com a progressão continuada nas escolas e que pretende incentivar a prática de esportes a crianças. "Quem sabe a gente não melhore um pouco na Olimpíada?", comentou.

Paulinho também prometeu acabar com "a indústria da multa em São Paulo".

Greve dos servidores. O candidato do PDT criticou a atuação da presidente Dilma Rousseff nas negociações com os servidores federais. "Tem uma série de obrigações que a Dilma assumiu, mas não cumpriu. A presidente Dilma leva muito em consideração os números e não vê o outro lado, o social". Paulinho afirmou que a presidente combate a crise com arrocho salarial, postura diferente adotada por Lula durante seu governo.

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Ficha Limpa. Paulinho disse que se considera um candidato ficha limpa, apesar das condenações em primeira instância de processos de improbidade admnistrativa e de uso do dinheiro público do Banco da Terra.

Paulinho declarou que respondeu a esses processos por ter sido presidente da Força Sindical: "São processos antigos. Depois desses processos, a Força Sindical rompeu o convênio com o governo, porque estávamos ajudando o governo e, por isso, acabamos tendo uma série de processos".

Próximo entrevistado. Na terça-feira, 21, às 15h, a candidata do PSTU, Ana Luiza, apresentará suas propostas e responderá às perguntas dos internautas.

Paulinho da Força foi o terceiro entrevistado da série "Entrevistas Estadão" com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Carlos Giannazi (PSOL) e Levy Fidelix (PRTB) foram os outros postulantes já entrevistados na semana anterior.

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