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Paulinho da Força é oficializado como titular do Conselho de Ética

Deputado do Solidariedade e aliado de Cunha ocupará vaga de Wladimir Costa, que renunciou ao cargo alegando problemas de saúde

Por Daiene Cardoso
Atualização:

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados confirmou, nesta quarta-feira, 11,a substituição do deputado Wladimir Costa (SD-PA) por Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, como membro titular do colegiado.

Ontem, Costa renunciou ao cargo de conselheiro alegando problemas de saúde. Paulinho é aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que responde a processo por quebra de decoro parlamentar. O relatório prévio sobre a admissibilidade do caso de Cunha será votado no dia 24. Paulinho já avisou que continuará apoiando o peemedebista porque seu objetivo prioritário é garantir o início do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O deputado federalPaulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, eo presidente da Câmara,Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: CLAYTON DE SOUZA/Estadão

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Chico Alencar.O colegiado se reúne nesta quarta para sortear os três nomes que poderão relatar o caso contra o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). Paulinho, que é presidente do Solidariedade, protocolou a representação alegando que Alencar usou recursos da Casa para fins eleitorais porque parte de sua campanha à reeleição teria sido financiada por um funcionário de seu gabinete. O Solidariedade também alega que Alencar, ferrenho opositor de Eduardo Cunha, teria supostamente apresentado notas frias de empresa fantasma para ressarcimento com a cota parlamentar.

Em sua defesa prévia, Alencar lembra que a Procuradoria da Casa pediu o arquivamento do caso por considerar que não havia prática de improbidade administrativa por parte do parlamentar. "Não é cabível que contas de campanha aprovadas pela Justiça Eleitoral e mesmo o uso da cota parlamentar, quando já apreciado pelos departamentos da Casa, venham a ser objetivo de disputa política (baixa, menor), no âmbito do Conselho de Ética. Isto apequena a missão do órgão e abre perigoso precedente para uma 'guerra de todos contra todos'", diz a defesa do líder do PSOL.

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