26 de agosto de 2013 | 23h37
Patriota foi para o Palácio do Planalto às 18h desta segunda-feira, 26. De lá, saiu sem o cargo. Aos assessores mais próximos, que reuniu em seu gabinete para uma rápida despedida, disse que tomou a decisão para preservar a instituição. Diplomata não apenas de carreira, mas de família, o embaixador teve sempre entre suas principais características a "excessiva diplomacia", que por vezes se traduzia em uma aparente inação.
Em meio a assessores emocionados, Patriota manteve a tranquilidade. Recebeu bem a ideia de ser o chefe da missão brasileira nas Nações Unidas no lugar de Figueiredo, já que sua área preferida na diplomacia é justamente a de negociações multilaterais. Por volta das 20h30, o ex-ministro chegou na residência oficial, na Península dos Ministros. Avisou à segurança que iria descansar e não falaria com ninguém. Nenhuma visita chegou até 22 horas.
Patriota sai antes do final do primeiro mandato de Dilma Rousseff mas, mesmo se tivesse ficado, não seria por mais tempo. O ministro já havia informado a vários interlocutores que não ficaria para um eventual segundo mandato. O desgastes na relação sempre tumultuada com a presidente já estava chegando a seu limite, mesmo antes da crise boliviana.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.