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Partidos e frentes convocam militância para ato de artistas por diretas

Modelo de evento sem legendas na organização repercute em grupos ligados à esquerda

Por Ricardo Galhardo
Atualização:

PT, PSOL, Central Única dos Trabalhadores (CUT), frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo divulgaram em suas redes sociais convocações para que seus militantes participem do ato promovido por artistas e produtores culturais neste domingo, 4, no Largo da Batata, em São Paulo, pela saída do presidente Michel Temer e realização de eleições diretas. 

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Ao contrário de atos anteriores, partidos políticos, sindicatos e outros movimentos sociais não participam da organização do protesto. O modelo adotado pelos organizadores causou forte repercussão nas redes sociais e entre os diversos setores da esquerda nos últimos dois dias. Segundo o presidente da CUT e integrante da coordenação da Frente Brasil Popular, Vagner Freitas, a escolha de um modelo sem a participação direta de partidos pode ampliar o leque de setores da sociedade na luta pelas "diretas-já". 

"Estamos chamando o ato. Achamos importante um agrupamento de artistas tomar a iniciativa. Isso pode ampliar o movimento pelas diretas-já. Certamente tem muita gente que foi às ruas a favor do impeachment da Dilma (Rousseff) que também quer a saída do (Michel) Temer", disse ele. 

O ato, marcado para as 11h, terá shows de artistas como Mano Brown, Criolo, Emicida, Otto, Pitty, Edgard Scandurra, além de um arrastão com mais de 40 blocos de Carnaval. 

Em entrevista ao blog do escritor Marcelo Rubens Paiva, colunista do Estado, o produtor cultural Alexandre Youssef, um dos organizadores do evento, disse que em momento algum o movimento quis excluir partidos ou quem quer que seja. “O coletivo de organizadores divulgou uma nota afirmando que em nenhum momento falamos em barrar ou excluir qualquer movimento do nosso ato. Pelo contrário: achamos fundamental para a relevância da nossa manifestação a participação de todas e todos que estejam alinhados à causa das diretas”, disse Youssef.