17 de maio de 2016 | 13h46
BRASÍLIA - Líderes dos partidos "nanicos" e do chamado "centrão" decidiram, nesta terça-feira, 17, criar um novo bloco parlamentar na Câmara dos Deputados. O bloco, que deve ser o maior da Casa, será formado por 225 deputados do PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, PROS, PSL, PTN e PEN. Para liderança do governo na Casa, o bloco fechou questão em torno do nome do deputado André Moura (PSC-SE).
Com uma bancada de 66 deputados, o PMDB deve ficar de fora do novo bloco, assim como os partidos que faziam oposição ao governo Dilma Rousseff e que hoje integram o governo Michel Temer, como PSDB, DEM e PPS. Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o PMDB teme desagradar os partidos da antiga oposição ao entrar no bloco.
Temer abriga aliados de Cunha no Planalto
Liderança. O grupo vai apresentar o nome de André Moura para o presidente interino Michel Temer em reunião marcada para esta tarde. A definição do nome do deputado sergipano é uma demonstração de força do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que mesmo afastado da Câmara conseguiu arregimentar apoio para emplacar seu aliado. O grupo ligado a Temer prefere o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Acredito que o nome saia ainda hoje", disse o líder do PHS, Givaldo Carimbão (AL), ao sair da reunião dos líderes dos 12 partidos. Participaram da reunião que acontece neste momento representantes do PMDB, PR, PHS, PSL, PP, SD, PSD, PTB, PTN, PEN, PRB, PSC e Pros. O DEM, partido de Maia, foi um dos que não encaminhou representante para a reunião. Também não encaminharam o PPS e o PSB, além de PT, PC do B.
Após o encontro com Temer, o grupo retorna à Câmara para uma reunião de líderes com o presidente interino Valdir Maranhão (PP-MA), a primeira conduzida por ele, para definição das votações para esta semana.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.