Partidos dividem a Câmara em três blocos parlamentares

Legendas buscam espaço na Mesa Diretora da Casa e nas comissões permanentes

Por Agencia Estado
Atualização:

Em busca de espaço na Mesa Diretora da Câmara e nas comissões permanentes, os partidos dividiram a Casa em três blocos parlamentares, formalizados nesta quarta-feira na Secretaria Geral da Mesa. Dos 513 deputados e dos 20 partidos com representação, apenas 17 deputados e três partidos não formaram blocos. Ficaram de fora o PV, que elegeu 13 representantes, o PSOL, com três, e o PRB, com apenas um. O maior dos blocos, formado por PMDB, PT, PP, PR, PTB, PSC, PTC e PTdoB, soma 273 deputados e apóia o candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara. Em seguida vem o grupo constituído por PSDB, PFL e PPS, que soma 153 parlamentares e não possui unanimidade sobre a candidatura à presidência da Casa. PSB, PDT, PCdoB, PAN, PMN e PHS formam o terceiro e menor bloco, que soma 70 deputados e apóia a reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O apoio formal dos blocos não significa necessariamente que todos os deputados das bancadas votem de acordo com a orientação do líder. O voto é secreto e os candidatos têm afirmado que contam com votos em todas as bancadas partidárias. O tamanho das bancadas e dos blocos interfere apenas na distribuição e na ordem de escolha dos cargos da Mesa Diretora e das comissões permanentes da Casa. Apesar da corrida para a formação dos blocos, a tendência é que eles sejam desfeitos assim que houver a definição das mesas e a eleição dos presidentes das comissões, o que deve ocorrer até o final de fevereiro. Com a formação dos grupos, as bancadas de cada legenda continuam com a estrutura que possuem atualmente. No entanto, apenas o líder do bloco deve fazer as intervenções em plenário e responde formalmente por todos os partidos que o integram. Pequenas alterações A formação de blocos parlamentares nesta quarta-feira alterou a ordem de escolha dos partidos para as vagas na mesa da Câmara, mas não modificou substancialmente o número de cargos que cada legenda deveria ocupar. O maior dos blocos terá direito a cinco dos sete cargos de titular e a uma suplência. Antes da formação do grupo, esses partidos poderiam escolher cinco vagas e duas suplências. O bloco formado pelo PSDB, PFL e PPS terá direito a dois cargos de titular e a uma suplência. Antes da formação do bloco, as legendas já teriam direito a uma vaga, mas não poderiam escolher nenhuma suplência. O menor dos três blocos terá direito a duas vagas de suplentes na Mesa Diretora. Sem o bloco, o PSB e o PDT já teriam direito a uma suplência cada um. O que muda é a ordem de escolha. O PSDB, por exemplo, que poderia escolher uma vaga na Mesa em terceiro lugar, agora terá a quarta escolha. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados é formada por um presidente, um primeiro vice-presidente, um segundo vice-presidente, quatro secretarias e quatro suplências. Este texto foi alterado às 13h33 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.