PUBLICIDADE

Parte da área invadida no Pontal é de segurança da hidrelétrica

Por Agencia Estado
Atualização:

Parte das terras invadidas hoje pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) em Sandovalina, no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, integra a área de segurança da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu, do grupo Duke Energy, no rio Paranapanema. A empresa, sucessora da Companhia Energética de São Paulo na administração da usina, deve entrar com pedido de reintegração de posse entre hoje e amanhã. A invasão foi registrada em boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Sandovalina. O gerente da unidade de geração, Alex d´Aquila, foi até o local e alertou os líderes dos sem-terra para o risco de acidentes. Ele pediu que não fossem instalados barracos sob as linhas de transmissão, pois havia risco de descargas elétricas em caso de chuva ou de contato com as torres. O coordenador estadual Laércio Barbosa disse que o movimento não tem qualquer interesse na área da Duke Energy. "Estamos usando apenas para colocar os barracos, pois a nossa ocupação é da fazenda São Domingos." A fazenda fica em área contígua, separada apenas por uma picada de terra batida. Os sem-terra entraram também nessa propriedade, mas ali não ergueram barracos. Policiais militares de Sandovalina foram ao local e apenas conversaram com os sem-terra. O padre Jurandir Lima, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Centro de Estudos de Direitos Humanos de Presidente Prudente, permaneceu parte da tarde na área invadida. A fazenda é administrada pelos três filhos de Oswaldo Fernandes Paes, já falecido. Eles informaram que as terras foram arrendadas. O advogado dos arrendatários, Coraldino Vendramini, disse que vai entrar com ação de reintegração de posse tão logo a documentação esteja pronta. "Além de causarem danos, eles permanecem na área, o que caracteriza a invasão." O advogado vai pedir indenização pelos prejuízos causados à lavoura e pretende denunciar os sem-terra por crime de dano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.